segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Será que Cesar Maia é mulherengo?

Cesar Maia sempre esteve ligado a mulheres com nomes fortes – ou que se tornaram fortes depois de se relacionarem (politicamente) com ele. Lembro de Maria Silvia, sua célebre Secretária de Fazenda no primeiro mandato e que chegou a ser cogitadíssima para sucedê-lo no comando da Prefeitura do Rio (preferindo ser executiva da CSN). Depois lembro de sua candidata ao governo do Estado do Rio, em 2002, Solange Amaral, que não apenas defendia o “pensamento cesarmaiano” como procurava ser na TV exatamente como ele, mesmos gestos, mesmos tiques nervosos. Nesta campanha vimos como ele se tornou tão próximo de Heloísa Helena, procurando orientá-la na campanha, dando dicas importantíssimas, comportando-se como se fosse seu marketeiro particular. Denise Frossard, nem se fala. Assumiu completamente a postura Cesar Maia. Está seguindo todos os mandamentos, na esperança de ser sua candidata em 2008. E nesse último fim de semana vimos a jornalista Míriam Leitão em suas colunas de sábado e domingo, no jornal O Globo, repetir as idéias de Cesar Maia quase palavra por palavra. No sábado, sua coluna se apresentou como marketeira da campanha de Alckmin, detalhando como deveria ser a sua linha de ataque a Lula, exatamente dentro do pensamento de Cesar Maia. Na coluna de domingo, Míriam Leitão foi beber na mesma fonte de Cesar Maia para falar da corrupção no mundo. Citou o artigo de Stan Greenberg no Financial Times (exposto aqui no dia 22 de agosto), a partir de uma pesquisa do instituto Greenberg Quinlan Rosner apontando a “corrupção” como o terceiro maior problema que preocupa o mundo, atrás de “desemprego” e “qualidade de vida”. Assim como Cesar Maia, Míriam Leitão não se refere ao trecho em que Greenberg concorda que “a guerra à corrupção está minando a democracia, ajudando a eleger líderes errados e desviando a atenção da sociedade de problemas urgentes” nem o trecho em que ele também concorda “que um foco na corrupção nem sempre produz bons resultados”. Definitivamente, Cesar Maia faz escola entre as mulheres. Por isso, pode, sim, ser considerado um mulherengo... político.