quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Cesar Maia, Serra, a máfia das ambulâncias e a Constituinte de 88
Quase que diariamente Cesar Maia procura atingir o ex-Ministro da Saúde Humberto Costa por causa de seu suposto envolvimento com o escândalo dos sanguessugas. “Sai Humberto Costa, sai logo antes que a saída seja com... quem sabe... algemas!” (sic), diz ele em seu ex-Blog. É natural que ele aja dessa forma por pelo menos 3 motivos: 1) é da natureza do Cesar Maia; 2) faz parte da campanha anti-Lula; 3) é o troco dado a Humberto Costa por causa da intervenção que ele comandou na saúde do Rio de Janeiro. Mas agora surge a acusação de que a Máfia das Ambulâncias (ou Máfia dos Sanguessusgas, como preferem alguns) teria se instalado a partir da administração de José Serra no Ministério da Saúde. Supostamente, Cesar Maia também teria que dizer: “Sai, José Serra, sai logo antes que a saída seja com... quem sabe... algemas !” Mas isso seria exigir de Cesar Maia uma coerência que ele jamais teve – não nesse nível. Sua coerência será sempre com os interesses políticos imediatos e, talvez, com o amigo Serra, de tantos anos. Os pedetistas históricos lembram que a proximidade entre os dois sempre foi contra os interesses do partido. Acusam Cesar Maia de ter se aliado a Serra, na Constituinte de 88, contra os interesses do PDT e do Estado do Rio de Janeiro. Se é verdade ou não, não posso dizer. Mas no texto de José Roberto Rodrigues Afonso, "Memória da Assembléia Constituinte de 1987/88: as finanças públicas", podemos encontrar esse trecho: “Os pronunciamentos durante as votações de matérias das finanças públicas evidenciam a atuação recorrente e, em geral, com posições semelhantes, de José Serra, José Jorge, César Maia e Fernando Henrique Cardoso, bem como, com menos freqüência, de Osmundo Rebouças, Firmo de Castro, José Luiz Maia, João Alves e Vilson de Souza.” Para ter o texto completo, clique aqui.