quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Pesquisas presidenciais: qual a diferença?
Ontem perguntaram aqui no Blog “por que o Alckmin insiste em dizer que a diferença entre a intenção de voto para ele e para Lula é menor do que a indicada pelos institutos? Pura retórica de campanha ou haverá alguma manipulação nos resultados dos institutos? Ou serão as pesquisas internas deles? Estas não são feitas pelo Ibope, é o tal do tracking?” Há várias respostas possíveis. Primeiro, ele pode estar dizendo a verdade, porque pode ter um resultado que lhe seja mais favorável dentro da margem de erro. Ele pode também estar fazendo a chamada “retórica” de campanha, falando qualquer coisa para manter seu eleitorado com alguma esperança. Não vamos considerar que haja manipulação dos institutos, para um lado ou para o outro. Mas pode haver algumas distorções. O tracking é uma boa ferramenta, dá agilidade e permite perceber fluxos ou tendências. Sua precisão depende das amostras e do período. Se for através de telefone, pode levar à distorção pela exclusão de razoável parcela da população sem telefone fixo. A verdade é que, independente dos motivos de Alckmin, todos os institutos com pesquisas registradas e divulgadas são unânimes em afirmar que, se a eleição fosse hoje, Lula venceria com índices correspondentes a mais de 20 milhões de votos de diferença. Essa é que é a diferença.