segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Wishful thinking

Alguém perguntou se eu utilizava wishful thinking nos números que apresentava. Quero dizer que, ao começar esse Blog, pretendia apresentar o mínimo de wishful thinking possível. Mas, de certa forma, me afastei um pouco dos parâmetros iniciais quando olhei em volta no material da grande imprensa. A parcialidade era tanta que resolvi tomar uma posição mais claramente pró-Lula. Não que isso significasse fazer igual à grande imprensa, defendendo o outro lado das manipulações de dados e fatos, muito ao contrário. Apenas passei a tentar demonstrar mais fortemente essas manipulações, passando, evidentemente, a ser percebido como “lulista”. Com o fim das eleições, acredito que o Blog ficará mais próximo dos primeiros caminhos. Com relação ao números apresentados, se houve, o wishful thinking foi mínimo, e quero demonstrar. Apostei para o 2º turno em 97.500.000 Votos Válidos (foram 95.837.148, diferença de 1.662.852 ou 1,7%), com 62.000.000 para Lula (foram 58.294.170, diferença de 3.705.830 votos ou 5,97%). No 1º turno, foram 95.996.733 Votos Válidos. Segui uma projeção normal, com pouco mais de 1,5% de crescimento (mais ou menos como ocorreu em 2002). Seria natural prever aumento da Abstenção (como de fato ocorreu: 13,38% a mais.). Seria natural prever também queda nos Brancos e Nulos, mas não foi suficiente. Isso fez com que os Votos Válidos diminuíssem, ao invés de aumentar. Significa que as pessoas que votaram contra os dois (não comparecendo) foram mais do que eu (e a lógica) esperava. Quanto ao percentual dos votos de Lula sobre os Votos Válidos (apostei em 63,66%), segui o ritmo das pesquisas. Elas vinham em ritmo crescente e a CNT/Sensus já tinha apresentado 63,2%. Acreditei que ainda haveria algo a crescer, mas já tínhamos chegado ao teto. Como se vê, havia lógica o tempo todo. Praticamente zero de wishul thinking. Embora trabalhe sempre em ritmo alucinado, procuro ser minucioso. Creio que apresentei alto grau de precisão, com margem de erro mínima.