quinta-feira, 30 de abril de 2009
O PPS tinha razão quando insinuou que a Poupança ia mudar: ela agora rende mais...
O PPS recentemente tentou conquistar eleitor criando terror em torno de uma possível interferência do Governo na Poupança à moda Collor. Claro que era apenas uma jogada de marketing de quem está desesperado, sem propostas e sem saber como fazer oposição. Com a redução histórica da Selic determinada ontem pelo Copom, a ameaça do PPS ficou ainda mais ridícula. A Poupança agora está mais atraente do que os fundos de renda fixa. Alguma coisa talvez tenha que ser feita - para ajudar os outros investimentos...
Marcadores:
Caderneta de Poupança,
Collor,
Governo Lula,
PPS,
SELIC
quarta-feira, 29 de abril de 2009
As 100 noites de Barack Obama
Foram 100 noites lidando com a herança tenebrosa, deixada pelo obscurantista Bush. Tomara que Obama consiga mais luz para o mundo que vem por aí.
domingo, 26 de abril de 2009
Candidtíssima.
O ex-Ministro Márcio Thomaz Bastos resumiu tudo que precisava ser dito sobre a notícia do câncer de Dilma Roussef: "Candidatíssima!" Câncer de verdade foi a reportagem da Folha sobre Dilma, feita com ficha falsa, conforme o póprio jornal reconheceu ontem.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Newsweek sobre o Brasil de Lula: “The crafty superpower”
Bem interessante esse texto da Newsweek sobre o novo Brasil, projetando-o entre os BRICs por estar se tornando uma “superpotência habilidosa”. A política externa do Governo Lula ganha destaque especial, inclusive em comparação com a de Fernando Henrique, que teria iniciado esse processo. Nas palavras de Donna Hrinak, ex-embaixadora americana em vários países latinoamericanos, “"Lula put Cardoso's foreign policy on steroids”, ou algo como “Lula hormonizou (ou anabolizou”) a política externa de Fernando Henrique”. Nenhum governo foi tão determinado quanto o de Lula em ampliar a marca do Brasil no campo internacional. Ao contrário dos outros BRICs, o Brasil não precisa de grande investimento militar. Tem mantido congelado os gastos militares em cerca de 1,5% do PIB, um quarto dos gasto das China e cerca de 60% do que gastam Rússia e Índia. Na América Latina, o destaque é igual. Em vez de tropas, prefere diplomatas. A revista cita frase de Lula para Chávez “Ô, meu Deus, pra que você quer arma?” e ainda dá o exemplo do Haiti: “quando a força de paz da Onu entrou em choque com as gangues haitianas, os brasileiros não procuraram aumento da tropa, mas, sim, os jogadores Ronaldinho, Robinho e Ronaldo, que fizeram um jogo amistoso na zona de guerra – e agora os jovens haitianos se enfrentam com chuteira, não com Kalashnikovs”.
Marcadores:
BRICs,
Donna Hrinak,
Fernando Henrique Cardoso,
Governo Lula,
Hugo Chávez,
Newsweek
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Oriente Médio: a maioria quer "dois povos, dois estados", mas a proposta está fazendo água
O Haaretz está divulgando pesquisa feita pelo OneVoice Movement (Poll: Most Palestinians, Israelis want two-state solution), conduzida por Colin Irwin (do Instituto de Estudos Irlandeses da Universidade de Liverpool), Nader Said (do Mundo Árabe para Pesquisa e Desenvolvimento da Margem Ocidental) e o Instituto de Pesquisa Dahaf em Tel Aviv, sobre a proposta de "dois estados" como solução dos problemas regionais. 74% dos palestinos (margem de erro de 4,1%) e 78% dos israelenses (margem de erro de 4,5%) disseram "sim" à proposta. Mas o governo direitista de Israel diz "não". O Ministro de Relações Exteriores Avigdor Lieberman já declarou que é contra qualquer iniciativa que leve ao que ele chama de "direito de retorno dos refugiados palestinos a terras de Israel". A intransigência israelense já está sofrendo forte oposição européia e pode levar o Governo Obama a tomar iniciativas mais duras. A alegação de Israel é a necessidade de garantir a segurança do país, o que é meia-verdade, já que a atual situação não garante segurança alguma. A questão da água é mais séria. "Temos uma escassez crônica de água que está piorando a cada ano. Devido ao fato de vivermos uma seca a cada ano, temos de cortar nossos suprimentos de água anualmente", já declarava o responsável pelo setor hídrico do Ministério das Relações Exteriores de Israel em 2003, Jacob Kaidar. Durante a 3ª Conferência Mundial sobre Água, realizada em 2003 em Kyoto, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev disse que já tinham ocorridos 21 conflitos armados envolvendo água na história mundial recente e destacou que 18 desses embates ocorreram em Israel (BBC). As principais fontes de água na região são a bacia do rio Jordão (incluindo o alto Jordão e seus tributários), o mar da Galiléia, o rio Yarmuk e o baixo Jordão, além de 2 grandes sistemas de aqüíferos, o aqüífero da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), o aqüífero de Basin e o aqüífero Costeiro que se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza (Ana Echevenguá). Os reservatórios subterrâneos são 80% explorados por Israel e o sistema do rio Jordão (que divide a Palestina da Jordânia) não tem acesso permitido a palestinos. A distribuição justa das terras da região implica, em primeiro lugar, distribuição justa das águas. E nisso Israel não cede uma gota.
Marcadores:
Ana Echevenguá,
Avigdor Lieberman,
Colin Irwin,
Israel,
Jacob Kaidar,
Mikhail Gorbachev,
Obama,
OneVoice Movement,
Palestina,
Rio Jordão
Camisinha nota 0
Essa história do Fernando Lugo, el garañón nota diez que nas horas vagas preside o Paraguai, é realmente fenomenal. Parece que já são 17 mulheres reclamando a sua paternidade e existem versos falando que "Lugaucho tiéne corazón, pero no usó el condón". Isso tudo enquanto ele era bispo da Igreja Católica e político da Resistência Cidadã! Agora estão transformando a garanhez de Lugo em crise política , ameaçando o seu mandato, e isso não entendo, já que suas ex-mulheres declararam que "Lugo é um fenômeno em todos os aspectos, não só o político" e que "nas questões amorosas o presidente receberia um 10". Para nós, brasileiros, só fica uma lição: não se pode confiar em camisinha paraguaia.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Vocês ouviram o que eu li? "Em discussão no STF, Joaquim Barbosa acusa Gilmar Mendes de 'destruir a credibilidade da Justiça'"
Juro que está no Plantão Globo das 18,19h:
Em discussão no STF, Joaquim Barbosa acusa Gilmar Mendes de 'destruir a credibilidade da Justiça'
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa bateram boca em sessão plenária durante um julgamento nesta quarta-feira. O ministro Joaquim Barbosa acusou o presidente do STF de estar "destruindo a credibilidade da Justiça brasileira".
- Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país. Saía à rua ministro Gilmar - disse Joaquim Barbosa
- Estou na rua - respondeu Gilmar Mendes.
O ministro Joaquim Barbosa retrucou:
- Vossa Excelência não está na rua, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça brasileira. Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso.
- Vossa excelência me respeite - disse Gilmar Mendes
Os ministros Marco Aurélio de Mello e Ayres Britto pediram para que a sessão fosse encerrada.AGORA VEJAM O VÍDEO:
Marcadores:
Ayres Britto,
Gilmar Mendes,
Joaquim Barbosa,
Marco Aurélio de Mello,
STF
Caso Gabeira: Blog do Mello fez o que a grande mídia não fez - entrevistou Severino Cavalcanti...
Onde estão nossas grandes escolas de jornalismo? O que faz o Jornal Nacional, nosso baluarte do telejornalismo? Algo está errado, porque um dos grandes acontecimentos de 2006 (2 de setembro) foi a fala de Gabeira no plenário da Câmara, de dedo em riste, acusando e ameaçando o então Deputado Federal e Presidente da Câmara Severino Cavalcanti. Foi a partir daí que Fernando Gabeira cresceu junto ao eleitorado lacerdista como paladino da "ética". Com o escorregão "ético" de Gabeira, seria absolutamente natural entrevistar a sua vítima, Severino Cavalcanti, para saber sua opinião a respeito. Ninguém fez isso, exceto o Blog do Mello, que simplesmente ligou e falou com o atual Prefeito de João Alfredo, em Pernambuco. Leia trechos aqui e vá ao Blog do Mello para ouvir a entrevista.
Severino Cavalcanti fala:
Sabe o que acontece? Eu não gosto de pisar em ninguém que está por baixo. Ele agora está sendo humilhado por ele mesmo. Eu vou preferir deixar passar a pose dele, ele repor o dinheiro que recebeu... É melhor eu não declarar nada agora não.
(...) Isso aí você pode até dizer com relação a Gabeira, dizer que eu disse que ele não tem autoridade pra criticar ninguém. Porque até hoje eu estou...não tive nada... quando eu era presidente da Câmara, nunca dei passagem pra ninguém não. As passagens minhas quem gastava era eu, porque eu usava as passagens pra visitar minhas bases. Eu estava aqui: todo final de semana eu vinha pra Pernambuco. Ele que era o paladino, não podia nunca fazer isso, se mandar para a Europa...EM TEMPO: Na busca do vídeo "Fernando Gabeira x Severino Cavalcanti" dentro do site global temos a seguinte mensagem:
Conteúdo Indisponível. Este vídeo não pertence mais ao catálogo do Globovídeos. Aproveite os mais de 500 novos vídeos cadastrados todos os dias.
Marcadores:
Blog do Mello,
farra das passagens,
Fernando Gabeira,
Severino Cavalcnti
O perigo da percepção: você compraria uma passagem usada deste homem?
O político Fernando Gabeira não se tornou nem melhor nem pior depois dessa história das passagens aéreas. Ele continua sendo o mesmo Gabeira que era jornalista, que se tornou "guerrilheiro" de esquerda, que foi exilado, que voltou verde, com novas propostas comportamentais, usando tanguinha e defendendo o uso da maconha, que se candidatou com essas bandeiras, primeiro pelo PV e depois pelo PT, que foi eleito com votos mínimos, que depois levantou a bandeira da "ética", deu uma guinada mais à direita, aliou-se à Oposição, passou a ser eleito com votos máximos e, na última eleição para Prefeito do Rio, surpreendeu e que, por pouco, pouco, muito pouco mesmo, não foi eleito. O que mudou então? Acontece que as bandeiras são intocáveis. A bandeira que dá mais votos é também a que mais tira quando é contrariada. Com a bandeira da "ética", Gabeira tinha conquistado corações e mentes dos lacerdistas do Rio de Janeiro. Ele já era considerado pule de 10 para uma das vagas ao Senado em 2010, e havia até quem considerasse que seria um bom candidato a Governador (um risco muito grande de ficar sem cargo, principalmente para um político que já beira os 70). Hoje já existem no mínimo fortes dúvidas entre os moralistas lacerdistas. Há quem seja categórico em afirmar que ele agora só garante a eleição de Deputado. Talvez sim, talvez não. Depende muito de suas próximas ações, se serão convincentes ou não. Ele fez bem em não querer aparecer no noticiário (ontem o Jornal Nacional finalmente colocou seu nome em pauta, mas parece que ele não quis gravar entrevista). Seu texto de hoje no blog é bom, promete luta, mostra que ele entrou em parafuso, mas tenta se recuperar ("Pela primeira vez, acordo otimista para ir a Câmara. Acho que há condições de superar esta crise das passagens aéreas"). O problema é que as percepções não costumam ficar apenas arranhadas. Elas são o que são, ou deixam de ser. Não dá para fazer uma simples maquiagem. É preciso reconstruir a imagem. São necessários outros ritos de passagem.
Marcadores:
eleição 2010,
farra das passagens,
Fernando Gabeira,
lacerdismo
terça-feira, 21 de abril de 2009
Sérgio Cabral volta a ser Vice de Dilma
Sérgio Cabral (PMDB), grande amigo de Lula, esteve no ano passado altamente cotado para ser o Vice de Dilma. Depois saiu de cena e dedicou-se à reeleição para Governador do Rio. Agora seu nome voltou a entrar na roda, puxado por Tarso Genro e talvez, quem sabe, por Zé Dirceu. Sérgio Cabral já negou, mas isso não quer dizer "não" necessariamente. Se a dobradinha Dilma-Cabral se concretizar, haverá grande reviravolta na chapa governista do Rio. Certamente haverá forte aliança PMDB-PT. Pezão Vice Governador) e Minc (Ministro do Meio Ambiente) - será? Negarão tudo, mas acredito que seria o mais lógico.
Marcadores:
Dilma Roussef,
eleição 2010,
Lula,
Minc,
Pezão,
Sérgio Cabral,
Tarso Genro,
Zé Dirceu
segunda-feira, 20 de abril de 2009
A passagem de Gabeira pelo Jornal Nacional
Aparentemente o Deputado Federal Fernando Gabeira não fez reserva ou perdeu o vôo. Apesar de tanto o GloboOn quanto os Em Cima da Hora da GloboNews terem colocado o seu nome na lista de passageiros parlamentares beneficiados pela farra das passagens, o Jornal Nacional decolou sem levá-lo na reportagem. Com isso o JN comete pecado tão (ou mais) grave quanto os dos parlamentares. Quando interessou promover Gabeira utilizando os seus “discursos éticos” contra Severino Cavalcanti e também contra o Governo Federal, o telejornalão global foi pródigo em textos e imagens. Agora que seu protegido contraria os próprios discursos, ele aperta o cinto da informação e providencia pára-quedas salvadores para Gabeira. Não quero aqui colocar o dedo na ferida dos tucanos-verdes. Mas o que o Jornal Nacional fez – como costuma repetir minha filha de oito anos – não é justo. A ANAC (Agência Nacional de Alta Comunicação) tem que intervir.
Marcadores:
farra das passagens,
Fernando Gabeira,
Jornal Nacional,
Severino Cavalcnti
O Banco Mundial faz denúncia semelhante a que este Blog já fez sobre o problema da água na Palestina
Pelo menos em duas postagens já denunciei aqui o massacre que Israel faz na Palestina através do controle da água: "Vergonha sem fim: Oriente Médio" e "Como Israel destrói mais: com bombas ou com o racionamento de água?". Agora o jornal israelense Haaretz antecipa relatório do Banco Mundial sobre o problema em reportagem de Avi Issacharoff "World Bank: Israelis get four times more water than Palestinians". Segundo o relatório do Banco Mundial, "o sistema de suprimento de água utilizado por Israel e a Palestina tem que ser mudado". Israel pega 4 vezes mais da água (que fica basicamente na Palestina) e o sistema palestino, adverte o Banco Mundial, "está beirando a catástrofe". O pior é que Israel atinge essa cota sem a autorização do Comitê Conjunto que estabeleceu os acordos de Oslo sobre a água. Não sei realmente o que mata mais, se as bombas ou o abuso da água. Não haverá paz sem solução para isso.
Edson Vidigal e " A Reciclagem dos Coronéis"
Edson Vidigal, acho que já falei aqui, foi meu contemporâneo de Veja, em São Paulo. Depois ele voltou para o Maranhão. Mas não foi com isso que ele ganhou projeção nacional. Vidigal tornou-se Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e depois, na última eleição, foi candidato - derrotado - a Governador do Maranhão. No segundo turno apoiou Jackson Lago e, evidentemente, está revoltado com a decisão do TSE que tirou Jackson e colocou Roseana Sarney no seu lugar. Vidigal (que no passado também foi Assessor de Comunicação do então Governador José Sarney) enviou o seguinte texto:
A Reciclagem dos Coronéis
A índole democrática da Constituição da República será sempre uma mera percepção acadêmica para fins diversos, inclusive propagandísticos, se o Judiciário pelo equívoco de alguns Juízes recusa vigência a princípios fundamentais como, por exemplo, o de que todo poder emana do Povo que o exerce por meios de representantes eleitos. No caso de cargos providos mediante eleição, como o de Governadores e Vices, cuja legitimidade só pode ser aceita mediante o voto da maioria absoluta dos eleitores, e para isso há que haver tantos turnos de votação quantos forem necessários, vem a Justiça Eleitoral, mais precisamente o Tribunal Superior Eleitoral, em caso de cassação de eleitos, entregando cargos de Governadores e Vices a pessoas que não foram eleitas.
O Estado de Direito Democrático reconquistado no Brasil após décadas de lutas contra o regime militar, que parecia infinito, talvez eterno em sua arrogância, está sendo minado em suas bases pela soberba intelectual de alguns Juízes que parecem não estar entendendo o verdadeiro sentido de cláusulas fundamentais da Constituição da República. O Presidente do TSE, Ministro Carlos Britto, ele próprio um intelectual da academia jurídica sergipana, de onde ascendeu vitorioso e respeitado a uma poltrona no Supremo Tribunal Federal, perora com a segurança de um trilho sobre dormentes de ferrovia, garantindo que o princípio constitucional da legitimidade se resgata com a entrega do diploma de eleito ao segundo colocado, ou seja ao perdedor. A Justiça Eleitoral está reciclando a política dos coronéis. Mais que uma constatação é uma denúncia grave, esta que você lerá, a seguir, no artigo de Fernando Barros e Silva, na Folha de São Paulo, de hoje, sob o título Indústria do Golpismo:
"Ninguém pode, de boa-fé, ser contrário à punição daqueles governantes que corrompem o processo eleitoral. Compra de votos, uso indevido da máquina pública, abuso do poder econômico - são todos comportamentos passíveis de sanções, até mesmo da cassação do mandato, medida que se banalizou, mas de trivial não tem nada. Este é o primeiro ponto.
Segundo: ninguém compromissado com a democracia pode aceitar que a cassação de alguém tenha como consequência a sua substituição por quem foi vencido nas urnas. O segundo colocado não é o próximo da fila, mas o que foi rejeitado pelo voto popular. Não é o reserva do time, é o adversário derrotado. É preciso desvincular o castigo ao corrupto do prêmio ao perdedor.
Não tem sido essa, porém, a interpretação da justiça eleitoral. Suas decisões recentes parecem dar curso a uma nova indústria do golpismo no país, agora com amparo legal. Ainda mal começamos a perceber as consequências políticas desse protagonismo. Há dois meses, José Maranhão (PMDB), derrotado em 2006 por Cássio Cunha Lima (PSDB), assumiu o governo da Paraíba. Agora, Roseana Sarney (PMDB) vem ocupar o cargo de Jackson Lago (PDT) no Maranhão. Falta a esses dois governantes o oxigênio da democracia: legitimidade popular.
Há outros seis governadores na mira do TSE. Se a moda pega, corremos o risco de regredir para um quadro realmente sinistro: quase um terço das unidades da Federação nas mãos de quem foi derrotado nas urnas em 2006. Não por acaso os governantes sub judice vêm de Estados periféricos, onde a disputa pelo poder se trava muitas vezes entre famílias rivais e o aparelho burocrático vive refém do arbítrio, sujeitado ao pessoalismo mais bruta. O caso do Maranhão, a capitania hereditária dos Sarney e seus agregados, é exemplar e joga luz sobre um problema que o ultrapassa. A justiça eleitoral está patrocinando a reciclagem da política dos coronéis."
Marcadores:
Carlos Britto,
Cássio Cunha Lima,
Edson Vidigal,
Fernando Barros e Silva,
Jackson Lago,
José Sarney,
Roseana Sarney,
TSE
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Cuba sin embargo
Vi o apelo no Blog do Mello e não poderia deixar de participar. Se é verdade que Obama quer tirar os Estados Unidos da contramão do mundo, esse é um grande passo. Entre no site da Avaaz.com e assine também a petição que diz:
Esta semana o Presidente Obama anunciou uma mudança inédita nas relações entre EUA e Cuba. Porém, líderes latino-americanos e até mesmo membros do Congresso Americano concordam que é preciso fazer mais: abrir o diálogo com o governo cubano e acabar com o embargo falido de quase 50 anos.
Esta semana acontece a Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, com a presença do Presidente Obama e líderes de toda América Latina. Esta é uma oportunidade única de abordar a questão cubana, pedindo uma mudança nas relações Cuba-EUA e o fim do embargo.
Marcadores:
Avaaz,
Barack Obama,
Cuba,
Cúpula das Américas,
fim do embargo a Cuba
Dilma chorou, uai!
Estava faltando uma pitada de emoção na candidata petista Dilma Roussef. E ela começou a suprir essa falta na visita dessa sexta-feira a Belo Horizonte. Emocionou-se ao lembrar sua infância na cidade, os olhos marejaram e ela fez uma longuíssima pausa antes de retomar o discurso. Nesses tempos de crise, é importante que a candidata se mostre competente, capaz de domar a crise e de dar continuidade ao trabalho de Lula. Mas não se pode esquecer que Lula conquistou o povo com muita emoção. As lágrimas são importantes e começaram pelo lugar certo. Só não sei se a mídia vai querer valorizá-las.
Marcadores:
campanhas eleitorais,
Dilma Roussef,
eleição 2010,
Lula
Novos documentos comprovam: Bush era um terror
Novos documentos divulgados ontem pelo Departamento de Justiça americano detalham ainda mais as táticas de interrogatório da administração Bush, "incluindo estratégias de bater o prisioneiro contra a parede ou de colocar detentos junto a insetos de que tivessem terror", bem no estilo "1984". Nessa linha, os interrogadores teriam confinado por breves períodos Abu Zubaida (suposto membro da al-Qaeda) em uma caixa pequena com insetos que eles diziam que picavam - sabendo que Abu Zubaida tinha verdadeiro pânico de insetos. O objetivo era esse mesmo, torturar, aterrorizar - sempre com aprovação de "altas autoridades". Nem a al-Qaeda conseguiu fazer tanto contra os ideais apregoados pelos Estados Unidos quanto Bush conseguiu. Leia mais no New York Times.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Thru You: palmas universais, que eles merecem
Os pitagóricos (tidos como criadores da escala musical dodecafônica ocidental) falavam de um som universal que não conseguíamos ouvir, porque nascíamos ouvindo e não conseguíamos mais percebê-lo. Não sei, não. Só sei que Thru You do israelense de 27 anos Ophir Kutiel (Kutiman) é realmente universal. Ele mergulhou no oceano do You Tube e fisgou mais de 100 video clips caseiros e editou-os em 7 vídeos. Cada vídeo é uma espécie de “orquestra de indivíduos”, uma “sinfonia de anônimos”. Assista aqui e leia mais na reportagem do Haaretz.
terça-feira, 14 de abril de 2009
César Maia está perdendo para Eduardo Paes
Durante 16 anos César Maia foi sinônimo de Prefeito do Rio. Chegou a fazer grandes obras, deixou sua marca - embora nos últimos anos tenha meio que desistido de tudo. Hoje, no seu Ex-Blog, ele publica os números do Datafolha sobre a avaliação do atual Prefeito (e seu "desafeto") feita agora, 8-9 de abril. Não deve ser fácil para digerir, já que na comparação com a avaliação feita pelo mesmo Datafolha, em 25-28 de junho de 2001 (primeiro ano do seu último mandato), César Maia era pior avaliado.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
A mídia defende juros altos
Não entendo essa mídia. Ou talvez entenda demais. Ela é capaz de ir contra o país ou até mesmo de esquecer suas próprias dificuldades de financiamento, mas não pode deixar de criticar Lula. A reação histérica à troca de presidentes do Banco do Brasil é uma coisa escandalosa. Como a manchete de hoje do Globo. Ou o editorial da Folha. Um preferiu dar destaque à queda na Bolsa das ações do BB, o que foi natural. O outro especulou sobre aparelhamento político do BB. Nenhum deles quis acreditar na luta real contra o spread bancário atual. O Governo está de fato empenhado em entrar na concorrência com os bancos em defesa da nossa economia. Não é isso que se defende, a concorrência aberta? É isso que vai ser feito através do Banco do Brasil: baixar os juros, aumentar a participação no crédito e deixar claro para os bancos privados que acabaram os tempos do ganho fácil (como existia, por exemplo, no tempo da inflação). É com mecanismos como esse (e outros, sem dúvida) que o Brasil terá condições de combater a crise - e acabar com as marolas da Oposição...
Marcadores:
Banco do Brasil,
crise financeira global,
Governo Lula,
mídia,
oposição,
spread bancário
domingo, 5 de abril de 2009
Lula, afinal?
A coluna de Fernando Henrique neste domingo é bem interessante. Trata da reunião do G-20 que está “sendo saudada com alívio”. Diz ele que foi preciso “uma crise dessa gravidade para despertá-los para a natureza da questão: há um descompasso no plano mundial entre as formas institucionais e o mercado”. Fernando Henrique diz em seguida: “Disso há muito se sabia”. E completa a abertura do texto com “não faltaram vozes isoladas a clamar por uma reordenação global, não só do mercado, mas das instituições financeiras e da sua regulação”. Apesar da clara tentativa de se inserir de qualquer maneira nesse novo momento de superação da crise, o texto é bom e até bem humorado, quando ele acrescenta um “sic” após a expressão “talibãs moderados” de Hillary Clinton – ironia de quem sabe muito bem que é contraditório associar “moderação” com “talibãs” (fundamentalistas islamitas). O problema do texto é que ele não se refere em momento algum ao grande vitorioso desse encontro do G-20 em Londres. Mas, pelo título que ele escolheu (“Luz, afinal?”), imaginamos que a figura sorridente de Lula ficou-lhe bruxuleando o tempo todo. Veja o texto completo:
Luz, afinal?
Diante da crise, o revigoramento da ordem global começa a ganhar fôlego
A reunião do G-20, em Londres, está sendo saudada com alívio. Finalmente os líderes mundiais começam a acertar o passo. Foi preciso uma crise dessa gravidade para despertá-los para a natureza da questão: há um descompasso no plano mundial entre as formas institucionais e o mercado. Disso há muito se sabia. Nos anos 90, quando a globalização financeira começara a se fazer sentir com força, o problema já se colocava: a falta de regas internacionais mais objetivas complicava a situação de vários países que, eventualmente, nada tinham a ver com o estopim da crise. Desde então, não faltaram vozes isoladas a clamar por uma reordenação global, não só do mercado, mas das instituições financeiras e da sua regulação. Clamava-se, ainda, por uma reordenação comercial (vejamse os esforços de Doha), pela reordenação das políticas de meio ambiente (os acordos de Kioto), pela reordenação bélica (com o empenho nos tratados de não proliferação atômica ou no controle dos mísseis), pela reforma do Conselho de Segurança e assim por diante. Mesmo os esforços globais de redução da pobreza e de melhoria da qualidade de vida foram objeto dos acordos que resultaram nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aprovados pela ONU em 2000. Tudo isso caminhou a passos de tartaruga porque não é fácil complementar as ações que se devem dar no plano nacional com as que são de outra natureza e dependem de regras e decisões globais. Desde Kant se sabe que a paz universal requer um direito universal. Por que as finanças globalizadas escapariam dessa condição? Mas também se sabe que o fracasso da Liga das Nações, se não foi responsável pela Segunda Grande Guerra, abriu espaço para que a crise de 1929 despedaçasse o mundo em isolacionismos protecionistas e, no final, em guerras de conquista. Foi pela visão generosa de um mundo de paz e prosperidade que Roosevelt — como se vê em sua correspondência com Stalin durante a guerra — cedeu tanto aos soviéticos. Queria construir a ONU mantendo a União Soviética comprometida com a ordem global. Apesar da Guerra Fria e de tantos avatares mais, a ONU evitou uma guerra mundial. Hoje, diante da impossibilidade de os Estados nacionais controlarem a crise financeira, o revigoramento da ordem global começa a ganhar fôlego. Até aqui, com a impotência das instituições de Bretton Woods para enfrentar a maré de papéis tóxicos espalhados pelo mundo, o que vimos foi o Banco Central dos Estados Unidos e o Tesouro americano espalhando recursos aos trilhões de dólares, tentando irrigar o sistema bancário. Os resultados, entretanto, foram magros até agora. O mercado permanece amortecido pelo temor dos bancos em fazer novos empréstimos e pela preferência dos eventuais tomadores em se resguardarem. Só deseja empréstimo quem já está quebrado. Os europeus, ingleses à frente, mais prudentes, injetaram capital nos bancos e assumiram parcialmente o seu controle. Consequentemente, surgiu um cisma que poderia paralisar as decisões em Londres: de um lado, a Europa tratando de impedir que os estímulos fiscais arruínem o futuro de sua moeda e, do outro, os americanos, donos da mágica de produzir dinheiro lastreado na confiança no governo e em sua economia, provendo liquidez e aumentando os déficits sem muita preocupação com equilíbrios fiscais. Entretanto, como o mundo agora é mais plano, os chineses deram o grito de alarma pela boca do primeiroministro: e se o dólar desvalorizar? Por certo, o problema hoje não é a inflação, mas a deflação; as taxas de juros americanas podem se manter rentes a zero. Mas será assim amanhã se a dívida crescer a tal ponto que coloque em questão, ao longo do tempo, a capacidade de recuperação dos orçamentos americanos? Foi significativo ver que no G-20 falou-se de uma cesta de moedas que sirva de reserva, e houve a decisão de aumentar o capital do FMI e até de utilizar os direitos especiais de saque, uma espécie de dinheiro internacional próprio do FMI. Noutros termos: há no horizonte distante o que Keynes previra e desejava, a formação de uma Autoridade Monetária Central. Não será o Banco Central Europeu uma antevisão do que poderá ocorrer em décadas adiante? O Conselho de Estabilidade Financeira não poderá exercer papel efetivo na coordenação das políticas e em seu controle? Reordenação mais profunda do sistema financeiro global implicaria em um novo arranjo político, do qual estamos distantes. Mas, assim como o unilateralismo dos neoconservadores e do governo Bush esticou a corda nos dois lados, invadindo países e dando licença aos mercados para fazer o que quisessem sem consultar ninguém, a atitude do governo Obama (Hillary Clinton falando até de incluir os talibãs “moderados” (sic) na mesa de negociações) prenuncia algo melhor para o mundo. Gordon Brown foi perspicaz e procurou os emergentes para aumentar suas chances de liderança apostando em mais regulamentação. Isso, com maior legitimidade, ampliando-se o número de atores que decidem, talvez seja a fórmula para se falar com mais seriedade em um outro e melhor mundo. Georges Soros, voz dissidente e clarividente nas finanças, colocou a outra condição para um ponto de partida positivo: será necessário prover muito dinheiro para evitar tragédias maiores nos países pobres e em algumas economias emergentes. O G-20 falou de US$ 1 trilhão. É um começo. Os ativos globais perderam de US$ 30 trilhões a US$ 50 trilhões! Os socorros de todo tipo, incluindo-se estímulos fiscais, devem roçar os US$ 2 trilhões, as promessas vão aos US$ 5 trilhões. Em Londres, os líderes esperam que lá pelo fim de 2010 a economia flua outra vez. Tomara. Isso se houver restabelecimento da confiança e do crédito e avanços no reordenamento político e financeiro do mundo. Se, entretanto, houver fracasso, o protecionismo e o nacionalismo bélicos podem voltar à cena. Espero, por isso, que a reunião do G-20 não se resuma a uma oportunidade fotográfica.
Marcadores:
crise financeira global,
Fernando Henrique Cardoso,
G-20,
Hillary Clinton,
Lula,
talibã
A Coreia do Norte disse a verdade: lançou um satélite de comunicação...
Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul moveram mundos e fundos para evitar um lançamento de satélite pela Coreia do Norte. Disseram que a história estava mal contada, que na verdade os nortecoreanos estavam tentando provar sua "capacidade de lançar um artefato nuclear em um míssil de longo alcance". Apesar de toda a pressão, ontem, às 11 e meia da noite (horário de Brasília), a Coreia do Norte fez o seu lançamento e, adivinhem, era um satélite de comunicação, que foi lançado com êxito, sem incomodar ninguém, segundo as próprias autoridades sulcoreanas e japonesas. Isso pode significar avanço na sua capacidade tecnológica para lançar artefatos nucleares? Claro que sim. Mas não significa necessariamente que vá lançar um. Claro também que vai servir de pretexto para que o Japão se militarize mais. Mas pretextos é o que não faltam. Ah, sim, não podemos esquecer uma informação importante: faz anos que a Coreia do Sul está preparando um lançamento semelhante e o espaçoporto em Oinarodo está praticamente pronto. Havia até um lançamento programado para este mês, que foi adiado. Vá entender esse mundo... Leia mais no New York Times.
Em tempo: novas notícias (NYT) dão a entender que o lançamento poderia não ter tido êxito, porque os três estágios do foguete teriam caído no mar. Isso poderia reforçar a tese de que não se tratava do lançamento de um satélite. Aguardemos novas especulações...
Marcadores:
Coreia do Norte,
Coreia do Sul,
Japão,
lançamento de satélite,
míssil nuclear
sexta-feira, 3 de abril de 2009
A volta do Delúbio
Essa semana o Delúbio Soares me telefonou, perguntou se eu não ia tomar posição aqui no Blog sobre a sua reivindicação de reintegração ao PT. Já tinham me dito que ele era leitor do meu Blog, mas fazia tempo que não nos falávamos. Aliás, poucas vezes nos falamos, mas sempre foi em clima bem simpático. Em uma das últimas vezes, no início de 2002, não pude atender a uma sugestão sua. Ele de certa maneira me sondou sobre a possibilidade de fazer campanha eleitoral para o PT. Respondi que infelizmente não seria possível, por questões éticas, já que minha empresa atendia na época o Governo do Estado do Rio de Janeiro, e Garotinho, então Governador, poderia ser candidato à Presidência da República. Cada um seguiu seu caminho, mas o clima de amizade continuou. Nessa questão do seu retorno a seu partido, sou favorável, porque acredito inteiramente nas razões apresentadas em sua carta ao Presidente Nacional do PT, acredito quando ele escreve que cada dia de sua vida "foi dedicado ao PT e à causa de construção de um país mais justo e solidário”. Mas não me sentia confortável para opinar, porque não sou filiado ao PT. Pelo que pude perceber até aqui, há duas questões principais sobre a aprovação ou não da sua volta. A primeira, gira em torno de se ele “pagou” ou não “pagou” pelos seus “erros” partidários. A segunda, indaga sobre a oportunidade ou não dessa volta, já que estamos à beira de um ano eleitoral importante e o retorno do Delúbio ao PT certamente será muito explorada pela Oposição. Não quero me intrometer na primeira questão, mas me sinto bem à vontade para falar da segunda questão. Claro que no dia seguinte à aprovação da reintegração de Delúbio, a grande imprensa vai estampar as primeiras páginas com algo como “líder dos mensaleiros volta ao PT”, algumas sessões do Congresso serão gastas com discursos oposicionistas em torno do assunto e, quem sabe, algumas manifestações pela “ética na política” sairão às ruas. Alguma dúvida quanto a isso? Não. Mas não tenho dúvida também que algo semelhante ocorrerá, mesmo sem a volta de Delúbio. A Oposição não tem discurso para 2010, e a reintegração de Delúbio não vai lhe significar um único voto novo. Ela já percebeu que seu adversário não é a candidata do PT, mas, sim, a candidata do "político mais popular do mundo". O discurso chamado "ético" não terá peso substancial, porque estará enfrentando o discurso do mais emprego, do mais crescimento, da redução da pobreza, do sucesso internacional, da empatia com relação a Lula. Essa questão do "volta" ou "não volta" do Delúbio está me soando muito mais como uma questão de luta interna do PT. Acredito que ele será reintegrado. Leia a íntegra da carta de Delúbio:
Ao Presidente Nacional do PT, Dep. Ricardo Berzoini
Cada dia de minha vida foi dedicado ao PT e à causa de construção de um país mais justo e solidário. São públicos os fatos que levaram ao meu afastamento do Partido dos Trabalhadores, Partido que ajudei a fundar e ao qual dediquei minha vida, desde sua fundação. Relembro que todos os meus atos sempre foram pautados pela vontade política da transformação social e econômica deste país. Notório também e do conhecimento de todos que sempre apoiei e contribuí com o Partido, sempre ao lado de meus companheiros e comprometido com a causa coletiva, nos momentos bons e nos momentos de dificuldades.
Exilado, cumpro meu degredo doloroso há mais de 3 anos, afastado do Partido dos Trabalhadores, sem que a essência de nossa causa deixasse de pulsar em meu coração e permanecer em minha mente. Com minha vida investigada e virada do avesso, não pesam sobre mim acusações de qualquer alcance de dinheiro público e não sou acusado de um único ato que visasse meu beneficio, seja político, financeiro ou pessoal. Sinto-me cumprindo a pena capital, o que não é - nem nunca foi - compatível com nossos ideais.
Por isso, venho como cidadão, eleitor e principalmente como militante que viveu e vive essa causa como sua própria, pedir minha reintegração ao PT, onde quero ser mais um militante de base, com os ideais e compromissos intactos, firmes e sólidos.
Saudações, Delúbio Soares de Castro
Marcadores:
Delúbio Soares,
Garotinho,
Lula,
mensalão,
Ricardo Berzoini
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Pelo fim da Lei da Grande Imprensa
É preciso acabar de vez com essa lei que distorce, condena sem provas, manipula, não abre espaço para defesas justas, quer governar o país sem ter sido eleita para isso. Thomas Jefferson certamente diria: “Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais dessa grande imprensa ou jornais dessa grande imprensa sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o primeiro”.
Bancada dos brazucas: como será o "trabalho de base"?
O Senado, sempre atento às dificuldades internacionais, criou a representação para os brasileiros que vivem no exterior. Serão 4 novos Deputados Federais na Câmara - um para representar os brasileiros que moram nos Estados Unidos, outro para a Europa, outro para o Japão e um quarto para representar os brasileiros que moram em outras partes do mundo. Tudo bem, mas agora eu pergunto: como será o "trabalho de base" desses nobres parlamentares? Eles terão que fazer o sacrifício de viajar toda sexta-feira para o exterior e voltar na segunda por culpa das consultas a suas bases? Qual o tamanho dos gabinetes no exterior? E as campanhas eleitorais - vai poder colar outdoor em Tóquio, por exemplo? E o Horário Eleitoral Gratuito? São apenas perguntas que não querem calar - em várias línguas...
Assinar:
Postagens (Atom)