quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Chávez: "Não contavam com minha astúcia..."
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
E nasce o da Silva...
Não andava querendo falar sobre o bispo, dom Luiz Cappio, que fez greve de fome contra a chamada "transposição do São Francisco". Primeiro, porque confesso que ainda não entendi exatamente o que o bispo quer. Segundo, porque são tantas emoções envolvendo a celeuma que as razões acabam ficando em segundo plano. Recebi e-mails de amigos em defesa de dom Cappio, mas não me convenceram. Recebi um texto de Cesar Benjamin (ex-candidato a Vice-Presidente do PSOL) bastante interessante (apesar de carregado de emoção e de luta política) com a proposta de um milhão de cisternas, como alternativa à transposição do São Francisco. O argumento principal é de que, com a transposição, a água se evaporaria rapidamente e serviria basicamente à indústria da seca e ao hidronegócio, além de custar o dobro. Notei que o argumento de que o São Francisco ia acabar acabou. Mas gostei da proposta das cisternas - não como alternativa, mas para se somar à transposição, se isso é possível. Pronto, acabei falando do assunto, sem querer falar. Queria falar era sobre essa dualidade, essas duas "entidades" citadas por dom Cappio, o "Lula" e o "da Silva". Talvez ele pretenda contrapor o Luiz Inácio Lula da Silva "sonhador" que foi símbolo das lutas progressistas deste País e o Luiz Inácio Lula da Silva "realista" que ocupa a Presidência da República. Obviamente dom Cappio (um sonhador, parece) identifica-se com o "Lula" líder dos movimentos operários organizados do ABC paulista, admirado pelos movimentos das liberdades democráticas e venerado por toda a classe média progressista. Um nome importantíssimo nas conquistas sociais do Brasil. O "da Silva" a que se refere dom Cappio com razão é outro. Mas isso não quer dizer que "Lula" tenha morrido. Aquele "Lula" de pura emoção era importante para alavancar as lutas sociais. Agora ele chegou à idade da razão, à dura realidade de quem alcançou o poder de um país que ainda está bem longe de seus sonhos. "Lula" não morreu, mas nasceu o "da Silva". Mais perto do sentimento do povo, mais envolvido com a busca de soluções concretas, tendo que engolir sapos de todo tipo (até mesmo os sapos iguais a ele). Um não é melhor do que outro, fazem parte de um processo e devem ser vistos assim. Sinceramente, não vejo como ser muito diferente. Talvez possa melhorar um pouco aqui, avançar bastante acolá, mas na essência seria tudo igual. Precisamos de muitos e muitos "Lulas", mas não podemos abrir mão dos "da Silva" que nascerão em seguida. É melhor ter na Presidência um "Lula da Silva" do que um "Lula de Cappio".
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Carta de não-Natal
A bala que atingiu meu filho veio de cima. “Gostaria que houvesse menos armas, menos disparos, isso inclui os irresponsáveis disparos para cima. Gostaria que nossas crianças pudessem ser simplesmente crianças”. — Não vamos desmarcar nada. A família ficará toda junta e sabemos que o Hugo estará conosco. Este ano, só não poderemos abraçá-lo — disse ela. Sandra relata que, mesmo nos dias de maior agonia, acreditou no milagre da recuperação do filho até o último momento. “Os médicos me olhavam assustados, como quem pergunta: Mas a senhora entendeu mesmo o que está se passando? Entendi, sim, mas o que eu poderia fazer? Me desesperar? Isto estaria ajudando de alguma forma? Até o último momento, enquanto me era permitido, eu tinha que acreditar num milagre”, conta. A mãe de Hugo diz ainda que a agonia no Hospital Miguel Couto, da rede pública do município, onde o filho ficou internado, a fez refletir. “Vi, na realidade de um hospital público que acredito ser um dos que se encontram em melhor estado, pais sem dinheiro da passagem para visitar seus filhos, diversas talas improvisadas com papelão, pessoas caminhando segurando seu próprio soro, empurrando as macas de seus amigos, banheiros sem papel higiênico, papel toalha ou mesmo tranca”, descreve, para ressalvar que este não era o cenário do CTI infantil, “graças a Deus, bem aparelhado”. “Eu me perguntava o que leva pessoas que estão em cargos públicos com altos salários a desviar dinheiro da saúde, da educação ou do que quer que seja e tirar o mínimo de dignidade à qual estas pessoas têm direito”, escreveu Sandra. Ela acrescenta: “A pergunta que ecoa é: Pra quê? O que pensam os corruptos, como raciocinam ou mesmo se chegam a fazê-lo. Uma semana num hospital público em piores condições faria bem a eles, seria uma verdadeira lição de vida. Espero que alguns estejam lendo esta carta. A bala que atingiu meu filho veio de cima e é de cima que a sociedade gostaria de ver os melhores exemplos”. Sandra aproveita para agradecer a solidariedade e a corrente de orações pelo filho caçula: “É muito estranho, você de repente é ator de um filme, do qual não sabe o enredo, que é passado no momento exato em que está acontecendo”.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
O Globo fala do "gulag caribenho"
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Eleições 2008 no Rio: afinal, Minc é ou não é candidato?
Datafolha: em São Paulo e no Rio, prefeitos do DEM (ex-PFL) crescem em rejeição
domingo, 16 de dezembro de 2007
Datafolha: 20 milhões saem da faixa de pobreza
Crescimento tira milhões das classes D e E. Cerca de 20 milhões entram na classe C em 5 anos, aponta Datafolha; movimento intensifica-se nos últimos 17 meses. Movimento sugere que, num primeiro momento, programas sociais elevavam padrão de vida; hoje, impulso vem da expansão econômica.
Nos últimos cinco anos e com forte aceleração a partir de meados de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram para a classe C. Eles vieram, em sua grande maioria, da classe D/E. Nos três primeiros anos e seis meses de governo Lula (janeiro de 2003 a junho de 2006), apenas 6 milhões de pessoas fizeram essa transição. Já nos últimos 17 meses (julho de 2006 a novembro passado), que coincidem com um período de recuperação mais robusta da economia, a travessia da classe D/E para a C envolveu cerca de 14 milhões de brasileiros. Os números são resultado de pesquisas Datafolha realizadas em três momentos: outubro de 2002 (pouco antes da posse de Lula), junho de 2006 e no final de novembro passado. Nos últimos cinco anos, a classe D/E encolheu de 46% do total da população para 26%. Já a C cresceu de 32% para 49%, reunindo hoje quase a metade dos eleitores do país -125 milhões de pessoas com mais de 16 anos. A classe A/B manteve-se praticamente estável. Seu tamanho oscilou de 20% para 23% do total da população. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, "o movimento de ascensão da classe D/E deve continuar, muito apoiado na ampliação da oferta de crédito no comércio e no crescimento econômico". A classificação econômica usando as classes A/B, C e D/E é comum no mercado publicitário e entre as empresas. Ela visa segmentar o mercado levando em conta o poder aquisitivo. É obtida a partir da verificação de itens de consumo e seu número no domicílio dos entrevistados. Apura ainda o grau de instrução do chefe de família e se há empregado doméstico na residência. Esse tipo de classificação não reflete, necessariamente, uma melhora estrutural nas condições de vida do entrevistado. A aceleração da transição de membros da classe D/E para a C sugere que, se em um primeiro momento foram os programas sociais e previdenciários os responsáveis pela melhora de vida dos mais pobres, agora é o crescimento econômico que empurra os brasileiros para uma situação mais confortável. O PIB (Produto Interno Bruto) do país poderá crescer acima de 5% em 2007, sustentado por aumentos sucessivos no consumo, na produção, nos investimentos e na renda e com queda no desemprego. O maior número de pessoas que passaram a ter melhora econômica e mais acesso a bens e produtos pertence a famílias com renda de até dois salários mínimos (R$ 760). Nessa faixa de renda, os indicadores que classificam a classe D/E encolheram, nos últimos cinco anos, de 80% do total para 49%. Já a classe C cresceu de 16% para 45%. "Há um novo mercado interno sendo criado pela melhora na situação dos mais pobres. E a desigualdade cai visivelmente com o crescimento mais robusto da economia", afirma o economista Antonio Delfim Netto. Em termos regionais, a passagem da classe D/E para a C foi mais acentuada no interior do que nas regiões metropolitanas e maior no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste. Nessas regiões, os impactos do crescimento tendem a ser mais fortes, dado o número de pobres que concentram. No Sul, onde os programas sociais têm menor penetração, foi pequena a migração das classes D/E para a C nos três anos e seis meses iniciais de governo Lula. Mas, nos 17 meses seguintes, ela veio com força (a classe D/E encolheu de 30% para 18%), coincidindo com a recuperação do predominante setor agrícola na região. Nos Estados mais ricos do Sudeste, o encolhimento da classe D/E foi de 35% para 17%. Hoje, mais da metade (51%) da população da região pertence à classe C. Outros 31% estão na classe A/B.
sábado, 15 de dezembro de 2007
Obama empata com Hillary Clinton
Países em desenvolvimento - incluindo Brasil - humilham Governo Bush
"Foi uma grande vitória dos países em desenvolvimento. O grupo dos 77 fez valer a sua grande maioria", afirmou o negociador-chefe do Brasil, embaixador Everton Vargas.
Na análise da organização ambientalista Greenpeace, o governo de George W. Bush "foi humilhado" pelos países em desenvolvimento.
"A administração Bush levou uma lição de humildade e foi envergonhada pela firme decisão dos países em desenvolvimento – China, Índia, Brasil, África do Sul – que vieram a Bali com propostas concretas para dar a sua participação nos esforços globais contra o aquecimento global", disse Ailun Yang, do Greenpeace chinês.
"Minha melhor obra foi ter tido tempo para pensar", disse Niemeyer. Que bom para nós que ele teve tempo. Tomara que tenha muito mais. Viva os 100 anos.
Alguém precisa prender o Bush por crime contra a humanidade
O mundo inteiro conhece as barbaridades que Bush tem cometido por toda parte. O Iraque, sem dúvida, é o exemplo mais visível. Mas existem também os crimes ocultos, as torturas inimagináveis praticadas principalmente fora do território americano, em locais como Guantánamo e outros presídios secretos e irregulares. Agora a Câmara de Deputados americana (de maioria Democrata) aprovou uma lei que proíbe a tortura (simulação de afogamento, simulação de fuzilamento, humilhação sexual, uso de cães e outros terrores que Bush chama de "métodos alternativos de interrogatório"). Ótima decisão dos parlamentares de lá, mas temos que lembrar que é um absurdo um país como os Estados Unidos precisar de uma lei específica para acabar com a prática da tortura. Se isso já é um absurdo, o pior vem agora: Bush promete vetar a lei!!! E o mundo vai ter que ficar calado? Cadê nossa mídia e nossos valorosos parlamentares que se levantam contra o Hugo Chávez? Todo mundo torce o nariz para Chávez, torce o nariz para Morales, torce o nariz para Lula, torce o nariz para Fidel, todo mundo diz que esses líderes agem como ditadores... e eu pergunto: ninguém abre a boca contra o "paladino da democracia" Bush? O mínimo que se deveria fazer seria invadir os Estados Unidos, prender Bush e julgá-lo por crimes contra a humanidade. Exatamente como ele fez contra Saddam. Mas sem torturá-lo.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
CPMF: "Cedo demais para não esquecer"
CPMF: quanto melhor, pior
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
A nova pesquisa CNI-Ibope é mais um alerta aos senadores da oposição
Atenção, Senador, na hora de votar contra a prorrogação da CPMF: você certamente estará contribuindo para aumentar a aprovação do Governo Lula. Confira na nova Pesquisa CNI-Ibope.
CPMF? Perdeu!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Tristeza na Casa Branca: Bush perde o título de maior enrolador do mundo
Técnico inglês vence Bush e ganha prêmio de maior enrolador. Por Paul Majendie. LONDRES (Reuters) - O ex-treinador da seleção inglesa de futebol Steve McClaren bateu a forte concorrência do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e ganhou o prêmio "Pé na Boca", dado todos os anos pela campanha Inglês Simples para os mestres da enrolação linguística. A declaração dele sobre o jogador Wayne Rooney garantiu a honraria: "Ele é inexperiente, mas é experiente em termos de tudo por que passou". Bush ficou em segundo lugar, com a frase: "Tudo o que posso contar é que, quando o governador liga, eu atendo o telefone dele". Segundo Ben Beer, representante da campanha, o prêmio para Bush era óbvio. "Ele aparece com as suas todo dia", disse ele à Reuters. O objetivo do prêmio é combater a enrolação e os jargões incompreensíveis. McClaren, demitido do cargo com a desclassificação da Inglaterra para a Eurocopa, está em boa companhia: entre os vencedores passados estão a modelo Naomi Campbell, o ator Richard Gere e o ex-secretário da Defesa dos EUA Donald Rumsfeld. "Temos entre 40 e 50 exemplos por semana, a maioria de documentos britânicos. A imprensa, incluindo as propagadas, está repleta de jargões", disse Beer à Reuters. A campanha foi fundada em 1979 por Chrissie Maher, que só aprendeu a ler e escrever aos 14 anos. Seus fiscais antijargão agora atacam os excessos verbais do oficialismo e dão aulas para burocratas, banqueiros e advogados. "Houve algum avanço ao longo dos anos, mas ainda há um longo caminho. Este é o 29o ano da campanha. Não há nenhuma chance de estarmos extintos num futuro próximo."
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Eleições 2008: no Rio, Benedita volta a entrar no páreo
Eleições 2008: César Maia trabalha o "terceiro mandato"
domingo, 9 de dezembro de 2007
Eleições 2008: no Rio, a liderança está embolada
Eleições 2008: em Belo Horizonte, PT só tem chance com Patrus Ananias
Eleições 2008: em São Paulo, Alckmin cai e Marta sobe para empate técnico na liderança
Segundo Pesquisa Datafolha de intenção de voto para Prefeito de ão Paulo, Marta Suplicy (PT) continua sendo a grande dor de cabeça da oposição na Capital paulista. Apesar de perder nas simulação de 2º turno para o tucano Alckmin (que também vence Kassab - DEM, ex-PFL), ela está em ascensão em todas simulações. Seu ponto fraco é a classe média. A maior rejeição é de Maluf. A pesquisa tem 1.089 entrevistas, margem de erro de 3%.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Finalmente o Irã detona sua bomba
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Eleições 2008: o Ibope no Rio
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Eleições 2008: se continuar assim, só restará à oposição paulistana relaxar sem gozar
A Pesquisa sobre intenção de voto para Prefeito de São Paulo que a Folha e o Ibope estão divulgando deve estar provocando uma revoada no ninho tucano e um clima infernal no mundo Demo. Marta Suplicy (PT), que estava sendo considerada carta fora do baralho, lidera o cenário de primeiro turno que tem seu nome. Tem 29% contra 27% do ex-Governador Alckmin (PSDB) e 17% do Prefeito Kassab (DEM, ex-PFL). É verdade que nos cenários de 2º turno ela perde tanto para Kassab (47% X 38%) quanto para Alckmin (51% x 39%). Mas caso ela decida de fato se candidatar, deverá ser uma disputa pau a pau. Vai ser difícil saber quem vai relaxar e gozar...
Assim não Vale
Estava achando apenas curiosa essa história da coincidência das cores da nova logomarca da Vale do Rio Doce com as cores do Banco Real. Hoje li que a equipe de criação foi a mesma. A história deixou de ser curiosa e também deixou de haver coincidência. Agora surgiu a história da semelhança entre o cone da Vale e o cone da Vitelli. É difícil também ter havido coincidência. As equipes de criação de logomarca costumam passar os olhos por milhares de outras logomarcas em busca de inspiração. Às vezes criam outra igual porque guardaram a original no subconsciente; às vezes gostam tanto de uma logomarca que tratam de criar uma quase igual. Parece que foi esse o caso da logomarca da Vale. (E lembra muito aquele personagem de Borges que gostava tanto de Don Quijote que resolveu reescrevê-lo parágrafo por parágrafo, linha por linha, palavra por palavra, vírgula por vírgula, exatamente como Cervantes tinha escrito.) Às vezes não existe má-fé, é apenas ingenuidade.
Os espiões americanos colocaram uma bomba no colo de Bush
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Escolha o seu candidato a Presidente... nos Estados Unidos
Alô, Prefeito César Maia, você sabe muito bem que não faz bem divulgar uma pesquisa dessas
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Apertem os cintos, o Corinthians caiu
Eleição no Rio: avaliação de César Maia é quase boa.
ATUALIZAÇÃO DO QUADRO ELEITORAL NO RIO-CAPITAL!
1. Pesquisas -quantitativas e qualitativas- às quais este Ex-Blog teve acesso mostram alguns ajustes no quadro -pré-eleitoral- para Prefeito do Rio.
2. Um fato a destacar é que a tendência do senador Crivella ver seu patamar de apoio, reduzido, continua. Esta curva descendente tem seu ápice na eleição de Senador, cai um pouco na de Prefeito - mais ainda fica nos 20% -, cai na de Governador para uns 14%. E essa tendência tende a se confirmar. O Voto aberto em Renan Calheiros não vai ajudar o Senador.
(É verdade que o Senador Crivella está carente de apoio de peso e de tempo na TV. Precisa disso e de um bom trabalho para neutralizar a rejeição na Classe Média.)
3. O PDT sabe que a puxada do Deputado Wagner Montes ajudará a eleger uma bancada de pelo menos 5 vereadores e que com um candidato para marcar posição se elegem apenas os dois mais fortes. Os candidatos a vereador querem o Deputado Wagner Montes, que continua liderando todas as pesquisas na faixa dos 20% e superior e sendo o que gera mais memória nas qualitativas. Nestas, ele é inclusive citado e saudado como o Capitão Nascimento de Tropa de Elite.
(A avaliação está bem feita, mas faltou falar do risco do PDT transformar-se definitivamente em um clone do PTB – não aquele que sonhou...)
4. Os testes quali-quantis com a Deputada Solange Amaral - candidata do PMDB-DEM - mostram que quando o eleitor está informado plenamente da origem - e apoio - de e à sua candidatura, esta vai para um patamar de 20%, bem acima do pouco menos de 10% que tem nas quantitativas de intenção de voto.
(Aqui César Maia forçou muito a barra. Primeiro porque a sua candidata está longe de crescer tanto assim. Mesmo quando “o eleitor está informado plenamente da origem – e apoio – de e à sua candidatura". Ou talvez por isso. Além disso, a aliança PMDB-DEM ainda é um sonho, talvez bem distante.)
5. A candidatura de Denise Frossard continua sendo uma incógnita. Bem nas pesquisas com cerca de 20%, ela sabe que precisa de tempo de TV e apoio capilar de candidatos a vereador. Segundo se informa, ela aguarda estas confirmações para decidir.
(Perfeito. Talvez ela aguarde exatamente o fim do “sonho” PMDB-DEM...)
6. O convite ao economista Carlos Lessa e sua decisão de se candidatar, implode ainda mais a vontade de coligar o PSB, o PDT e o PCdoB. E, com ela, o tempo de TV, tão requerido por Jandira Feghali. Esta se mantém na faixa superior aos 10%, mas a experiência de 2004 mostra suas dificuldades de caminhar sem tempo de TV. Nas qualitativas seus problemas com a Igreja e com o aborto, continuam presentes.
(A análise está correta, mas a luta pela aliança é forte.)
7. O Deputado Chico Alencar continua liderando o bloco Left-Classe Média. Especialmente em quali-quantis quando sua trajetória é relembrada. Seus problemas estarão no tempo de TV e na dispersão do mesmo voto com os candidatos do PSB, PCdoB, PT e PV. Terá que antecipar o voto útil desde já. Ou conseguir desistências a seu favor.
(A candidatura de Chico Alencar é uma necessidade para o PSOL eleger vereadores.)
8. Finalmente as candidaturas do PT – Deputado Edson Santos – e do PV, Alfredo Sirkis, continuam patinando entre 1% e 2%. Curiosamente nas quali-quantis não há memória de seus currículos, temas e feitos. O Deputado Edson Santos com o segundo maior tempo de TV terá chance de fazer memória. Ambos ficam tamponados por Feghali e o Deputado Chico Alencar.
(Atenção. As outras pré-candidaturas do PT – Benedita, Minc, Molon e Vladimir – não estão inteiramente descartadas.)
9. Finalmente no PSDB as informações internas dizem que na Convenção as chances do Deputado Luiz Paulo são maiores que as do Deputado Otavio Leite. Em função desta disputa interna, eles não tem tido tempo de iniciar a pré-campanha nas ditas bases sociais e com isso permanecem na faixa um pouco inferior aos 5%. Nas qualitativas ainda a memória de ambos é muito fraca. Com tempo de TV – e a candidatura definida – o vencedor poderá ter muito mais visibilidade e sensibilizar as pesquisas, coisa que ainda não ocorreu.
Chávez não consegue mobilizar seus eleitores e acaba derrotado
03/12/2007. PODER ELECTORAL OFRECIÓ PRIMER BOLETIN OFICIAL. La presidenta del CNE, acompañada por la directiva en pleno, dijo que, una vez revisados los resultados y el porcentaje de transmisión, se determinó que tienen una tendencia clara e irreversible. Felicitó al pueblo de Venezuela, porque la jornada se llevó a cabo en un ambiente cívico y democrático. La presidenta del Consejo Nacional Electoral, rectora Tibisay Lucena, dio a conocer el primer boletín oficial con los resultados del Referendo de la Reforma Constitucional, efectuado este 02 de diciembre. En cadena de radio y televisión, la directiva en pleno del Poder Electoral informó que el Consejo Nacional Electoral para dar cumplimiento al artículo número 344 de la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela y a los artículos 185 y 189 de las Normas para Regular el Referendo de Reforma Constitucional, del 05 de noviembre de 2007, emanada del Consejo Nacional Electoral, una vez recibidas las actas de escrutinios, la Comisión de Totalización procedió a examinarlas comprobándose que corresponden a las mesas electorales de la circunscripción nacional, procedió a totalizar los votos obtenidos por las opciones del Si y No de la siguiente pregunta: ¿Aprueba usted el proyecto de Reforma Constitucional con sus Títulos, Capítulos, Disposiciones Transitorias, Derogatoria y Final; presentado en dos bloques y sancionado por la Asamblea Nacional, con la participación del pueblo y con base en la iniciativa del Presidente Hugo Chávez? En el Bloque A, la opción del NO obtuvo 4.504.354, con 50.70% de la votación. La opción del Si, obtuvo 4.379.392, con 49.29%. El total de votos válidos 8 millones 883 mil 746. Total de votos nulos 118 mil 693. Total de votos escrutados 9 millones 2 mil 439. Abstención del 44.11%. En el Bloque B, la opción del NO obtuvo 4.522.332, con 51.05%. La opción del Si obtuvo 4.335.136 con 48.94%. La presidenta del ente comicial dijo que faltaba un porcentaje de actas para la totalización y que “al analizar las transmisiones realizadas hasta el momento se determinó y se comprobó que es una tendencia que no es reversible. Es decir, que la votación se mantendrá con las actas aún faltantes y la tendencia se mantiene”.La rectora felicitó al pueblo de Venezuela, porque la jornada se llevó a cabo en un ambiente cívico y democrático. En nombre del Poder Electoral solicitó a todos los actores políticos integrantes de los bloques participantes, a los medios de comunicación, a las instituciones, a los ciudadanos y a todos los sectores del país, acatar y respetar los resultados electorales “porque esta es la voluntad soberana del pueblo de Venezuela expresada a través del ejercicio soberano del voto”.Chávez já reconheceu a derrota. Mas derrotou aqueles que insistem em dizer que não há democracia na Venezuela.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Acompanhe o passo-a-passo da provável vitória de Chávez
Datafolha quer exterminar oposição.
Na nova pesquisa Datafolha, a aprovação ao Governo Lula cresceu até mesmo no Sudeste. Isso só pode ser complô contra a oposição. Se continuar assim, vamos acabar tendo quinto mandato... A jornalista da sala ao lado não quer nem ouvir falar nessa história (pelo menos por enquanto...).
Até quando vão dizer que o PT tem que discutir o mensalão?
Aloizio Mercadante descobriu a pólvora... da oposição
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
O Império mostra sua cara na Bolívia
Esta foto de um manifestante anti-Morales usando a cara de Darth Vader (Guerra nas Estrelas) é bem o retrato do que pode estar acontecendo na Bolívia.
Austrália não se afina mais com Bush e resolve tocar em outra banda
O novo primeiro ministro trabalhista Kevin Rudd mudou inteiramente o ritmo do governo na Austrália. A sua primeira nota dissonante foi a indicação para ministro do meio ambiente do ex-líder da banda de rock Midnight Oil (punk-hard rock, dissolvida em 2002) e ativista ambientalista, Peter Garrett. Dentro desse clima, Rudd apóia o Tratado de Kioto, que é abominado por Bush. Sem nem ainda ter tomado posse (foi eleito sábado), ele se prepara também para retirar os soldados australianos que estão a serviço dos Estados Unidos na guerra suja do Iraque. Isso prova que Bush está cada vez mais desafinado com o mundo.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
O maior uso do dinheiro público para campanha eleitoral
terça-feira, 27 de novembro de 2007
IDH: Brasil entre os primeiros
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou em relação ao ano passado e permitiu que o país entrasse pela primeira vez no grupo dos países de Alto Desenvolvimento Humano. O IDH, calculado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi divulgado nesta terça-feira e faz parte do "Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 – Combater as Mudanças do Clima: Solidariedade Humana em um mundo dividido". Entre os principais motivos da ascensão do Brasil estão o crescimento do PIB per capita entre 2004 e 2005 e o aumento da expectativa de vida ao nascer. Boa notícia para o Brasil, má notícia para a oposição - cada vez mais com menos discurso...
CPMF passou, Renan ficou, o mensalão de Minas pipocou, Fernando Henrique escorregou - e à oposição, o que restou?
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Ahmadinejad, ao contrário de César Maia, vive dilema hamletiano sobre seu blog
Poços da Petrobras: recordar é profundo
Por acaso encontrei este anúncio que fiz para a Petrobras, acho que na segunda metade da década de oitenta. É um bom anúncio, acho. Mas o mais interessante, no momento, é o trecho em que a Petrobras orgulha-se de seu savoir-faire em águas profundas. Na época, ela podia "extrair petróleo do mar a uma profundidade de 500 metros". O novo poço, Tupi, está entre 5.000 e 7.000 metros de profundidade.
domingo, 25 de novembro de 2007
Mônica e Renan, o casal ternura
Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar [na casa do senador Ney Suassuna]. (...) O vento agitando as cortinas, o barulho de cristais e porcelanas como rumores longínquos vindos da sala. Era como se fôssemos as únicas pessoas no mundo.
Naquele momento, o senador Renan Calheiros olhou nos meus olhos e passou a dizer coisas que gostei de ouvir (...)
[Num segundo encontro, num jantar, em fevereiro] Seus olhos brilharam quando me viu e, indiferente aos outros convidados, não os tirou mais de mim durante o jantar. Parecia uma criança, estava encantado, feliz. (...) Depois passou a me levar ao Senado, onde eu era tratada com a maior deferência."
Conheci um lobista de Minas que contava aos quatro ventos quais parlamentares estavam na sua folha de pagamentos.
Houve um momento, bem no começo da nossa relação, em que pensei em desistir (...) Renan era mais velho que eu e não tinha o gosto pela cultura, pelo cinema, que eu queria em um homem. Não era antenado com as coisas modernas, não vibrava com as novidades, as tendências, só falava sobre política.
O celular tocou. Era ele, radiante como uma criança por ter tomado café com o presidente.
No mundo pode haver milhões de rosas, mas para o Renan eu era uma rosa única, que ele tratava com devoção comovente.
Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas(...) Nossa música marcante foi a do filme "Lisbela e o Prisioneiro". Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: "Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...".
Um de seus sonhos mais freqüentes era ir comigo para o Carnaval da Bahia. Não no camarote: queria ir no chão, no estilo sem lenço e sem documento. Totalmente largado.
O Renan parecia ser o homem que eu sempre mereci.
Parece bobo, piegas, como uma adolescente falando, mas o fato é que amei o Renan loucamente, como jamais pensei ser capaz. Amei com a alma, com tudo que há de mais puro no meu ser.
[Em dezembro de 2003] descobri que estava grávida, carregava no ventre o resultado de meu amor com Renan.
Quando contei sobre a gravidez, ele entrou em pânico. Dizia ser impossível. Afinal, argumentou, não éramos mais crianças. Fiquei muito triste com a sua reação. Pela primeira vez, percebi que o amor era lindo, mas a política, para ele, era tudo.
Eu não acreditava que o homem que eu amava, que de tão meigo comigo passei a chamar de "docinho", agia daquela forma (...) Ele sumiu por 20 dias. Não o procurei. Passou Natal, Réveillon e nada do Renan.
Ele prometeu que depois da campanha do desarmamento se "organizaria", o que em bom português queria dizer que se separaria para ficarmos juntos.
Decidimos, então, que eu me mudaria para uma casa alugada no Lago Norte, e lá vivi como reclusa, preocupada em esconder minha gravidez.
[Uma colunista do "Jornal de Brasília", do Distrito Federal] deu uma nota dizendo que eu estava grávida e a criança era filha do senador Renan Calheiros (...) Pediram-me para redigir uma nota, de próprio punho, negando que o filho fosse do Renan. Escrevi, chorando (...) quando ficamos sozinhos, pela primeira vez vi o Renan chorar.
Amei Renan loucamente, como jamais pensei. Amei com a alma, com tudo que há de mais puro no meu ser.
Carregava no ventre o resultado de meu amor (...)
Então, para me precaver, apenas para o caso de ele se recusar a admitir a paternidade, gravei algumas conversas que tivemos durante a gravidez (...) Nunca usei os diálogos para nada, muito menos para fazer chantagem, como insinuaram.
Continuamos nos relacionando. Ainda havia amor entre mim e Renan, sim, mas o encanto tinha acabado. Desde o final de 2003 eu sabia que ele, ao contrário do que me dizia, mantinha uma relação conjugal estável (...).
Não creio que a humilhação do senador tenha sido maior do que a de uma mulher que carregou uma filha na barriga e teve de se esconder, como se fosse uma criminosa.
Nunca imaginei que diria isso, mas a verdade é que tive orgulho de fazer a "Playboy'(...) A beleza venceu a feiúra, a alegria esmagou a tristeza, o aconchego superou a indiferença.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
A preocupação de Fernando Henrique com o português do Lula está virando piada
Fernando Henrique está dando um show de desconhecimento. Na mesma Convenção do PSDB em que atacou Lula e disse que tucanos falam português direito, ele foi saudado com a faixa tucana onde se lia "FANFARÃO" (ver foto). Afinal, quem é o fanfarrão nessa história?
A memória às vezes é Demo...
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Obrigado, Béjart
Professor Texto
Maluf é Tupi desde criancinha
PP afirma que petróleo em SP é obra de Maluf. O PP de São Paulo tem divulgado desde o dia 14 inserções na TV nas quais apresenta o deputado federal Paulo Maluf como precursor da descoberta de petróleo na bacia de Santos pela Petrobras. "Em 1980, baseado em estudos geológicos, o governador Paulo Maluf criou a Paulipetro. Ao invés de apoio, a iniciativa recebeu calúnias e incompreensões. Vinte e sete anos depois, o projeto de Maluf se confirma. Graças ao petróleo da bacia de Santos, o Brasil vai fazer parte da Opep. PP: visão de futuro", afirma a inserção. Criada pelo então governador Paulo Maluf em 1979, a Paulipetro tentou encontrar petróleo e gás - mas na bacia do Paraná, no interior do Estado. Em 1981 a empresa descobriu pequenos depósitos de gás em Cuiabá Paulista, sem viabilidade comercial. A empresa foi extinta pelo governador Franco Montoro (PMDB), deixando dívidas de US$ 500 milhões. Em 1980, o advogado Walter do Amaral ajuizou ação contra Maluf, que foi julgada improcedente na primeira e na segunda instâncias, mas em 1997 o STJ acatou recurso e condenou Maluf e os demais acusados a devolverem US$ 250 mil ao erário. "Se for eleito governador, não voltarei a procurar petróleo", disse Maluf na época. Em agosto último, o STF confirmou a condenação.
Pastelão do dia: ACM Neto contra Chávez
domingo, 18 de novembro de 2007
PPS da D: sem comentários....
Contribuinte paga pelas memórias de Fernando Henrique
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Pânico na oposição conservadora: Cepal comprova a redução da pobreza no Brasil e na América Latina
O "Panorama Social da América Latina-2007" publicado pela Cepal - Comissão Econômica para América Latina e Caribe revela que "o crescimento econômico da América Latina permitiu que 15 milhões de pessoas saíssem da pobreza e 10 milhões deixassem de ser indigentes na região em 2006". A estimativa é de que 2007 se encerre com uma população pobre de 190 milhões de pessoas, o número mais baixo dos últimos 17 anos. Se considerarmos a proporção da população indigente, é a mais baixa dos últimos 27 anos. O documento é apavorante para os conservadores, quando diz (e o próprio Globo reproduz) que "Brasil, Argentina e Venezuela estão entre os países que registraram maiores avanços. Segundo a Cepal, no caso brasileiro, não apenas o crescimento, mas programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, foram determinantes. O país reduziu em 4,2 pontos percentuais tanto a pobreza quanto a indigência entre 2001 e 2006". Brasil, Argentina e Venezuela são exatamente os países mais atacados pela mídia e toda a oposição conservadora. Seus presidentes são "xingados" de populistas. Mas o documento da Cepal demonstra a contradição desse pensamento: ao populista não interessa a redução da pobreza. Ele trabalha com a rapidez desorganizada e a falta de conscientização. Precisa consolidar o poder através de benefícios sociais de pequena monta - rápidos, imediatos, mas que não levam a nenhuma transformação profunda. Com benefícios feitos com um mínimo de organização e que levem à redução substancial da pobreza, o nível de consciência pode se elevar e reduzir área de influência para o populismo. Se você faz uma política do tipo "bica d'água", de cunho puramente eleitoreiro, você é um exemplo perfeito do populista. Mas se você está de fato empenhado na inclusão social, em tirar a população da pobreza e garantir-lhe cidadania, participação no consumo, avanços sociais e econômicos, você está fazendo o básico para uma sociedade menos desigual. Os verdadeiros populistas não aceitam essa situação de transformação mais profunda de nosso mundo. Acesse o site em espanhol da Cepal e também O Globo.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Mauro Santayana: em defesa de Chávez, contra arrogância colonialista
A arrogância colonialista. O presidente Hugo Chávez é descuidado e franco no que fala. Usa, em sua retórica antiimperialista, metáforas quase divertidas, como chamar Bush de diabo. Mas não exagerou ao qualificar o ex-primeiro ministro espanhol José Maria Aznar de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina com desdém. Em 2002, em Madri, atreveu-se a dar ordens ao Presidente Eduardo Duhalde, da Argentina, para que aceitasse e cumprisse as exigências do FMI. Reincidiu na grosseria, ao telefonar a Buenos Aires, logo depois, como um dono de fazenda telefona para seu capataz, a fim de determinar-lhe a assinatura imediata do acordo com o órgão. Conforme disse o próprio Ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o presidente eleito preso pelos golpistas, o Embaixador foi o primeiro a cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo, para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois. Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El Pais, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como “segunda conquista”. A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do assunto com Zapatero, de forma veemente – longe dos jornalistas. Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem diplomática, o Rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe que se calasse. O Rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de lado para intervir cada vez mais na política espanhola – conforme o El Pais critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um franquismo coroado. Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a repercussão do estrago, mas o “cala a boca” de Juan Carlos doeu em todos os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento – o que seria lógico no incidente. Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se referia ao Príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente. Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa: é melhor que se cale.
Expocuba: apesar das ameças de Bush, aumentam os negócios americanos em Cuba
A 25ª Expocuba, a feira cubana anual de negócios, encerrou-se no último sábado. E nela pôde-se ver que os americanos estão cada vez mais interessados - e necessitados - em negociar com Cuba. Escreveu James C. McKinley Jr para o New York Times: "A atmosfera era festiva, com mais de uma dúzia de restaurantes onde as pessoas bebiam Havana Club (rum da melhor qualidade!) e davam baforadas nos famosos charutos cubanos, uma iguaria com que os americanos se deliciam (...) Além de autoridades estaduais, a delegação americana incluiu várias empresas de transporte e do setor agrícola, como Pilgrim’s Pride, Cargill e Purdue. Seus vendedores passavam o dia inteiro trabalhando nos quiosques, voltavam para o Hotel Nacional (um marco art deco) e partiam para aproveitar a noite havanense". O mais curioso era a presença de autoridades americanas, como Dave Heineman, Governador Republicano do Nebraska (na foto comemorando vendas de 11 milhões de dólares). Junto com 100 empresários, viam-se também autoridades do Minnesota, Alabama e Ohio. Como ficam então as ameaças de Bush e seu argumento de que "todo dólar que entra em Cuba ajuda a manter um regime despótico"? Governadores e outras autoridades estaduais contraargumentam simplesmente que a exportação para Cuba (ou seja, a entrada de dólares nos estados Unidos) está "ajudando os seus agricultores" e destacam que não querem "falar de política nacional". Por mais que o raivoso Bush insista no bloqueio econômico, o fato é que Cuba tem um bilhão e meio de dólares para fazer compras e a realidade americana precisa abocanhar uma fatia desse bolo.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
1937/2007: César Maia dá puxão de orelha na mídia
70 ANOS: GETULIO VARGAS E O 10 DE NOVEMBRO DE 1937! 1. As ações dos governos se medem tanto pelas intenções como pelos resultados. E sempre - quando se trata do passado - é básico contextualizar. Falar dos anos 30 é falar de regimes verticais e autoritários pelo mundo todo, com exceção - quase que só - da Grã-Bretanha. O primeiro governo Roosevelt nos EUA não ficou fora disso. Sobre isso vale ler o artigo de Churchill sobre ele, publicado numa coletânea em português. 2. O fato é que 1937 foi uma resposta vertical às tentativas de golpe dos partidos - comunista e integralista - nada democráticos e à debilidade dos partidos que se formavam pós constituinte de 1934, quase todos provisórios e de caráter regional. 3. O fato é que de 1937 saíram as três grandes forças políticas brasileiras pós-autoritárias. Os interventores que ficaram com Getulio Vargas criaram mais tarde o PSD (Benedito Valadares, Amaral Peixoto, Agamenon Magalhães...). Os interventores que não aceitaram continuar e os getulistas que rejeitaram a saída de 1937 formaram depois a UDN (Magalhães... e o próprio Oswaldo Aranha, embaixador nos EUA). E o trabalhismo - governo-sindicatos-esquerda - antes articulado por Pedro Ernesto se estrutura a partir daí. 4. O Brasil com Vargas e Lindolfo Collor, no início da Revolução de 30, constrói o segundo sistema previdenciário no mundo todo. O primeiro foi o alemão ainda no século 19 com Bismarck. No pós-37 esse sistema passa a ganhar ossatura, acompanhado de leis trabalhistas. 5. Portanto, 1937 não pode ser tratado como mais um golpe de caudilho latino-americano. E descontextualizando programas de TV ou matérias de jornais, terminam desinformando e fazendo novela e não história nem jornalismo.
US$ 1.500.000.000.000,00: preço das guerras americanas
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Por que não continua falando, Chávez?
César Maia não entende de mulher
MINHA CARA MINISTRA DILMA ROUSSEF! 1. Este Ex-Blog se dirige a você pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT. O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula. Que bom! Pelo menos não correríamos riscos de termos estes pelegos e chavistas do PT na disputa. 2. Mas esta nota, ministra, é para comentar sua aparição ontem no Jornal Nacional. Na TV, ministra, se fala com voz escandida, suave, pausando as palavras... Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo. 3. Por outro lado, o tipo de locução que você fez - dar uma notícia boa, com feições e tom de voz, como se estivesse denunciando um caso grave - dá a certeza a quem está vendo, de que você está mentindo, que se trata na verdade do Poço do Visconde (ler Monteiro Lobato). Isso não ajuda a sua candidatura. 4. Cuidado! Os pelegos e chavistas do PT estão de olho em você! Há bons cursos de telegenia a disposição. Em Brasília este Ex-Blog conhece pelo menos uns três de alto nível. Vão lhe ajudar a se comunicar pela TV.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
A Petrobras lançou as manchetes no fundo do poço
Tupi field: a boost for Brazil’s Petrobras, By Sheila McNulty in Houston and agencies Published: November 8 2007 22:43 | Last updated: November 8 2007 22:43. Petroleo Brasileiro, or Petrobras, Brazil’s state-owned oil company, on Thursday said well tests revealed its Tupi field may contain as much as 8bn barrels of oil and natural gas, which would considerably bolster the country’s energy clout. The estimate, if correct, would raise the country’s reserves by 62 per cent and just about put Tupi on par with Norway’s 8.5bn barrels of proved oil reserves. Brazil has 14.4bn barrels of proved reserves of oil and natural-gas equivalent. The news pushed up Petrobras’ shares 9.95 reais, or 14.2 per cent, to 80.2 on the São Paulo stock exchange, the biggest rise in more than nine years. It also lifted the shares of its partners – BG group of the UK, which holds a 25 per cent stake, and Galp Energia of Portugal, which holds 10 per cent. BG Group’s shares rose 9.8 per cent to 989p in London and Galp Energia reported its biggest one-day gain in Lisbon, rising 14 per cent to a record close of €12.35. Petrobras’ news release contained few details beyond the fact that the estimates were made after analysis of the formation tests for a second well in the area. The company also said the oil within was light, which is more valuable because it is cheaper to refine than the heavier crude oil that Brazil mostly produces. “Tupi changes everything for Brazil and Petrobras,’’ said Carlos Renato Nunes, an oil analyst with São Paulo-based brokerage Coinvalores CCVM who has a buy recommendation on Petrobras shares. “Tupi is not only huge, its light oil offers huge cost advantages.’’ And at a time when oil is heading towards $100 a barrel, and energy security is high on the agenda of many governments, the news is sure to boost Brazil’s economic influence. Petrobras, already a well-respected national oil company on the world stage, is likely to receive a further boost from the discovery. “Brazil needs time to evaluate its new oil potential,’’ Dilma Rousseff, president Luiz Inacio Lula da Silva’s cabinet chief, said at a news conference in Rio de Janeiro. “This could make Brazil jump from an intermediate producer to among the world’s largest producers.’’ Tupi is three-quarters the size of Kazakhstan’s Kashagan field, which holds 12bn barrels of recoverable crude and was the biggest find in the past 30 years. There have only been a few gas discoveries in the past 20 years that would rival it, including the Shtokman field in Russia at 23bn barrels of oil equivalent, and two other Russian finds in the 5bn to 10bn range, Andy Latham, vice-president of exploration services at Wood Mackenzie Consultants in London, said. Brasil descubre en sus aguas un gran yacimiento de petróleo - El hallazgo puede hacer del país una potencia exportadora. JUAN ARIAS / EFE - Río de Janeiro - 09/11/2007. El presidente de Petrobras, Sergio Gabrielli, anunció ayer el hallazgo de un yacimiento de petróleo bajo las áreas marinas que explora en el océano Atlántico en el área de Tupi, en la bahía de Santos, Estado de São Paulo, de 8.000 millones de barriles, lo que puede convertir al país suramericano en un exportador de petróleo, a la altura de Venezuela o Nigeria. Nada más conocerse la noticia, las acciones de la empresa brasileña subieron más de un 15% en la Bolsa de valores de São Paulo. Inmediatamente después, la ministra jefa de la Casa Civil, Dilma Rouseff, convocó una conferencia de prensa junto al ministro de Minas y Energía, Nelson Hubner, para explicar la importancia económica y política del nuevo hallazgo. “Supone que Brasil pasa de intentar ser autosuficiente en petróleo a convertirse en un exportador, como los países árabes o Venezuela”, señaló Rouseff. Y añadió que “podrá cambiar la cara de este país”. Petrobras posee en esa zona el 65% del capital, compartido con la británica BG Group, que posee un 25%, y con la portuguesa Galp Energia, con un 10%. El hallazgo anunciado ayer podría ser sólo uno de varios ricos campos en una extensión de 800 kilómetros de longitud por 200 de ancho en el litoral de los Estados de Río de Janeiro, Espíritu Santo, São Paulo y hasta Santa Caterina, en el sureste del país. Los indicios de nuevos yacimientos apuntan a la necesidad del país de parar y pensar nuevamente respecto a su industria petroler. “Ha cambiado la realidad”, dijo Rousseff al afirmar que el tamaño de la riqueza petrolera de Brasil es ahora “mucho mayor”. Las reservas probadas totales de petróleo y gas de Brasil, a cargo de Petrobras, cerraron 2006 en 10.573 millones de barriles equivalentes. De ese total, 9.000 millones de barriles eran solamente de crudo, según criterios de evaluación aceptados por los organismos fiscalizadores del mercado de capitales de Brasil y Estados Unidos. Petrobras está controlada por el Estado brasileño, pero sus acciones cotizan en las Bolsas de Brasil, Nueva York, Madrid y Buenos Aires.
