terça-feira, 30 de junho de 2009

A aliança PT-PMDB no Rio começa pelo Senado

O movimento de Lindberg (PT) para transformar sua candidatura ao Governo do Rio ou em fato consumado ou em valorização do passe para outros postos está cada vez mais complicada. A sua forma irredutível de se apresentar está prejudicando a aliança maior (por Dilma) com o PMDB e ao mesmo tempo fortalecendo a candidatura de Benedita da Silva ao Senado. O governo peemedebista de Sérgio Cabral ficou muito impressionado com o desempenho da petista nas pesquisas e com a desenvoltura que ela está apresentando em suas andanças. Ele já chegou a dizer que a chapa Benedita (PT) / Picciani (PMDB) está lançada. Na sexta-feira, o seu grande aliado, Prefeito Eduardo Paes, declarou publicamente que pretende votar em Benedita para Senadora. E nesta terça-feira o todo-poderoso Presidente da Alerj, Jorge Picciani, disse a Benedita que estava tendo conhecimento da sua movimentação pelo estado e chamou-a para andarem juntos. Quem não deve estar gostando disso (além de Lindberg) são Garotinho, Gabeira e César Maia.

Pina Bausch...

Quem inspirou quem em Honduras?

Hoje li a seguinte nota (No mais) na coluna do Ancelmo, no Globo: "Não se pode apoiar golpe contra a democracia. A única saída em Honduras é devolver imediatamente Manuel Zelaya ao cargo. Mas a situação no país deixa o alerta no ar. É que a crise toda começou quando Zelaya, inspirado em Hugo Chávez, quis prorrogar seu mandato contra todas as instituições legislativas e judiciárias" (com grifo meu). Fiz algumas reflexões: 1) Apesar de Ancelmo ter dito com todas as letras que não se pode apoiar golpe contra a democracia, ele acaba mostrando que também foi contaminado pela justificativa do golpe, que seria a inspiração em Hugo Chávez na oposição às instituições legislativas e judiciárias. 2) Quando o Congresso venezuelano aprovou a prorrogação do mandato presidencial, disseram que que ele era "controlado completamente por seguidores de Hugo Chávez". Nesse caso não vale a instituição legislativa? Que inspiração é essa? 3) Fernando Henrique, quando obteve a prorrogação do seu mandato através do Congresso, inspirou-se (por antecipação) em Hugo Chávez? 4) Zelaya, é verdade, opôs-se às instituições legislativas e judiciárias (onde não tinha maioria) e pretendia ouvir diretamente a população, através de voto livre. Está errado ele? Ou faltou inspiração? 5) Que inspiração teria sido mais cara - a da prorrogação através do Congresso à Fernando Henrique ou em consulta à população como pretendia Zelaya? 6) Por último, quem inspirou o golpe militar hondurenho?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mundo contra o golpe militar de Honduras. E nossa imprensa?

Lula, Obama, OEA e praticamente o mundo inteiro já tomaram posiçãp clara de condenação do golpe militar em Honduras. Mas Nossa Mídia, claro, jamais vai condenar esse golpe militar, porque afinal o Presidente deposto, Manuel Zelaya (Mel), foi um "traidor": elegeu-se pela direita e fez um governo de esquerda. Pior: aproximou-se de Hugo Chávez, o inimigo público nº 1 da Nossa Mídia. César Maia, a bem da verdade, apesar de seu anti-Chavezismo exarcerbado, não embarcou totalmente no golpe militar. Chegou a comentar em seu Ex-Blog de hoje que "Brasil, Equador e Bolívia foram exemplos nos últimos 20 anos de presidentes destituídos constitucionalmente, sem uso do exército". Veja a seguir entrevista de Manuel Zelaya, o presidente deposto, negando que tenha renunciado.

Lula 3, Obama 2

“Recuperar-se de um 2 a 0, no intervalo, só é possível quando se tem uma equipe de homens”, declarou Dunga sobre sua seleção, lembrando os bons tempos dos "feras de Saldanha". Ponto pra ele.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Para que lado pende a cruz de Gabeira?

Gabeira escreve hoje, na Folha de São Paulo, um artigo ("Futuro do Senado") em que pretende analisar a crise que se implantou por aquelas bandas. Ele não aprofunda a discussão, claro. No final diz que "a transparência em si apenas revela e intensifica a crise" (o que soa estranho) e pergunta "Como desatar esse nó num jogo tenso, com tantas denúncias?". Ele responde: "Para que seja vencida, é preciso uma ação articulada, ainda que levada pela minoria. Numa batalha dessa dimensão, quase ninguém sairá ileso. (...) A tarefa existe. Não há santos? Que a realizem os pecadores". Depois de ter se tranformado em herói ético, Gabeira emaranhou-se no "caso das passagens" e no "caso da namorada". Como agora aparentemente ele pretende candidatar-se ao Senado pelo Rio de Janeiro, a questão que fica é se ele se apresentará como santo ou pecador.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

A foto de 2010 saiu hoje no Globo

Lula e "Os Indefensáveis"

Vamos deixar claro uma coisa: não é Sarney que é "indefensável", é todo o Congresso. Vou mais longe, e diria que é todo o legislativo nacional. Não adianta argumentar que o Senador Fulano é ético ou que o Deputado Sicrano é combativo. Hoje, a percepção geral sobre qualquer parlamentar é negativa. E esse enfraquecimento do legislativo é negativo para a democracia. Lula sabe disso, e sabe também que, na tentativa de se defender, o legislativo vai se agarrar ao executivo, vai querer levar junto pro fundo do poço, principalmente se não houver sinalização de ajuda. Ahmadinejad é outro "indefensável" (como aliás é indefensável qualquer governo teocrático). O nível de repressão está ultrapassando todos os limites da "defensabilidade". Mas Lula, Presidente do Brasil, não pode sair por aí condenando o Irã. Além de negócios, ele tem responsabilidades, tem a política de não-interferência, tem o papel do país no cenário internacional. Nem Obama, presidente do país mais poderoso do mundo, está interferindo. Para usar a linguagem luliana, é como a sugestão de convocar Ronaldo (Ex-Fenômeno) para a Seleção. Isso também é "indefensável". Mas Lula, gente, acima de tudo é curintcha... por paixão e por voto.

Ecce homo

Acho que ando meio distraído nas caminhadas. Hoje vi com surpresa essa camiseta de um desses massagistas ao ar livre, e depois notei que o seu serviço existe desde 1978. Mas, se não for nome próprio do massagista, é muito curioso um serviço de massagens com o nome de “Nietzsche” (ou quase). Tudo bem que Nietzsche chegava a falar em seus livros sobre alimentação saudável. É verdade também que sua paixão pelos filósofos da Grécia Antiga, repleta de fisiólogos, poderia, se forçarmos muito, justificar o nome. Mas nossa associação com seu nome costuma caminhar longe disso. Afinal, o super-homem de Nietzsche é apenas aquele que está além do bem e do mal – longe do musculoso e maniqueísta Super-Homem de Clark Kent...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Espetacular!

O jogo de ontem foi melhor do que eu esperava. Cravei 3 a 1, deu 3 a 0. Achei que o jogo seria truncado, mas o primeiro tempo foi um espetáculo. Felizmente não assisti o segundo tempo...

domingo, 21 de junho de 2009

Pesquisa IBPS RJ: Cabral cresce para Governador; Benedita, Crivella e Gabeira crescem para o Senado

O IBPS está divulgando hoje pesquisa de intenções de voto para o Governo e o Senado no Rio de Janeiro. Foram 1.106 entrevistas feitas pelo telefone, com margem de erro de 3%. Na essência, não traz grandes alterações. Sérgio Cabral (PMDB) é favorito para a re-eleição (principalmente considerando que o pedetista Wagner Montes provavelmente não participará) e, para o Senado, a disputa está forte entre Crivella (PRB), Gabeira (PV), Denise Frossard (PPS) e Benedita da Silva (PT). Sérgio Cabral cresceu em relação à pesquisa anterior. Para o Senado, os destaques são o crescimento de Benedita e o surgimento de Denise Frossard. Na verdade, já tinha sido verificado, em outras pesquisas, que Denise está mais forte do que César Maia (DEM). Jandira (PCdoB) e Garotinho (PR) não devem ser candidatos, e Lindberg (PT), Picciani (PMDB) e Lupi (PDT) não aconteceram. É bom registrar que no método do IBPS o questionário provavelmente apresenta apenas uma alternativa para o Senado, enquanto outros institutos apresentam duas, o que explica a grande diferença entre os índices. (Clique no gráfico para ampliar a imagem)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Humor: Gabeira pra lá de Caxias

Gabeira escreve hoje na Folha um artigo (“Pra lá de Teerã”) criticando o Brasil por “não-crítica” ao Irã. Tudo bem, está no papel e no direito dele. Quer embarcar na gritaria geral contra Ahmadinejad, aproveitando a onda onde surfa o seu eleitorado. Com isso, ele marca sua posição anti-Lula e tenta limpar a barra depois do caso das passagens. O engraçado está em sua frase, quase no final, combatendo a política externa brasileira. Diz ele que “alinhar-se aos setores mais conservadores (...) é qualquer coisa pra lá de Teerã”. Logo ele que fala! Na sua campanha para Prefeito do Rio aliou-se ao que há de mais conservador, indo do lacerdismo de César Maia ao polêmico Prefeito Zito, de Caxias. É o caso de se perguntar: que barato é esse, Gabeira?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eleição no Irã: “Não é a economia, estúpido!”

A célebre frase de James Carville, consultor de marketing de Bill Clinton na campanha presidencial de 92 ("É a economia, estúpido!") não se aplica ao Irã. Vi alguns analistas dizerem que o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad teria dificuldades para se reeleger por conta da má fase da economia. Até o comentarista do Manhattan Connection, Ricardo Amorim, que achava que a vitória de Ahmadinejad seria tranquilíssima, passou a duvidar. Ledo engano. Não consideraram que o Irã não é exatamente o espelho de uma democracia americana. O poder religioso existe de fato e tem apoio amplo. Antes da revolução islâmica, fui vizinho durante alguns dias, em univerdade inglesa, de estudantes iranianos trotskistas – e depois fiquei sabendo que até boa parte deles aderiu ao aiatolá Khomeini. Não acredito que tenha havido uma fraude gigantesca responsável pela vitória de Ahmadinejad. Acredito, sim, que houve uma intervenção profunda dos aiatolás no processo eleitoral, mobilizando a população e apoiando a situação. Há, evidentemente, negociações em curso entre Estados Unidos e Irã, e uma alteração no comando poderia enfraquecer o lado iraniano. É isso que também explica a cautela de Obama, evitando acompanhar a gritaria da mídia internacional na acusação de fraude. Seria o caso de dizer agora: “É a geopolítica, estúpido!”

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Economist repete as palavras de Lula sobre a crise

Enquanto a nossa Oposição e a nossa Mídia vivem ironizando as frases de Lula sobre os efeitos da crise aqui no Brasil, a revista The Economist prefere praticamente repetir as suas palavras. Agora mesmo, dia 9, Lula voltou a dizer "eu continuo acreditando, pelos números, que nós fomos o último país a entrar na crise e que vamos ser o primeiro a sair". No dia 11, The Economist abre a reportagem a Brazil's recovering economy: Ready to roll again dizendo que "Among the last to fall into recession, Brazil may be among the first to grow out of it". Em seguida, escreve: "Many analysts believe that Brazil is now starting to grow again, and will return to annual growth of 3.5% to 4% next year. If so, that would mean that the country has escaped with only a brief recession". Isso quer ou não quer dizer que aqui no Brasil provavelmente a crise será apenas uma marolinha?

sábado, 13 de junho de 2009

O que é isso, companheiro Scartezini?

Li hoje no Globo um artigo (“O que é isso, companheiros?”) do jornalista A. C. Scartezini que me deixou preocupado pelo embaralhamento de informações e conceitos. Ele começa cobrando - equivocadamente, na minha opinião - atitude diferente dos repórteres que cobriram o desatre da Air France: “Aparentemente, nenhum repórter presente à entrevista do ministro Nelson Jobim lembrou-se de perguntar-lhe por que assumiu pessoalmente a condução da entrevista coletiva em que o Ministério da Defesa apresentou informações sobre a coleta em alto-mar de destroços e corpos dos ocupantes do aparelho da Air France que despencou sobre as águas do Atlântico no último dia 31”. Achei o desempenho de Nelson Jobim, com perdão do trocadilho, um desastre. Mas por que ele não poderia assumir pessoalmente a condução da entrevista? É proibido? Claro que se ele tivesse colocado de lado aquele seu ar eternamente arrogante e procurasse assessoria de um jornalista teria sido infinitamente melhor – principalmente para ele. Adiante Scartezini parte para o affair “blog da Petrobras”, criticando jornalistas que “apressaram-se na defesa da legitimidade com que a Petrobras passou a repassar a todo o universo da Web, em blog especialmente criado, as pautas que recebe das redações, com as respostas pertinentes ao comportamento da empresa” que ele considerou como “desmoralização do jornalismo independente em benefício do jornalismo chapa-branca”. Scartezini, que na época da ditadura, confrontou-se, como ele mesmo diz, “diariamente como repórter político ou da área militar”, deve saber que no jornalismo chapa-branca as pautas têm mão inversa – partem dos governos para a imprensa. O histerismo anti-Blog da Petrobras não teve nada a ver com liberdade de imprensa ou jornalismo chapa-branca, mas, sim, com política. O problema que houve – de antecipação (graças às novas tecnologias) da divulgação das reportagens – foi facilmente superado, já que a divulgação no blog da Petrobras passou a ser simultânea à feita pelo repórter autor das perguntas. Como fica agora? Vai-se proibir a existência do blog Fatos e Dados em nome de uma pretensa liberdade de imprensa? É preciso compreender – isso, sim – que a informação, principalmente nos dias de hoje, não pode ter mão única. Nem cabe ao jornalista cercear os fluxos da informação – ao contrário, sua função é promover a sua democratização. NOTA: ninguém pauta o meu Blog, nem mesmo costumo acessar o blog da Petrobras.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mídia dá destaque ao que Delfim trata como irrelevante

Tdos mundo viu as manchetes com "recessão no Brasil". Agora leiam a entrevista de Delfim Neto dada a Toni Sciarretta, publicada na Folha de hoje:
Em 2010 país já crescerá a 4%, afirma Delfim
Ex-ministro da Fazenda, o economista Delfim Netto afirma que é "irrelevante" o marco da recessão técnica, configurada pelos dois trimestres seguidos de contração. Para ele, o país sairá com facilidade do atual quadro, que poderia ter sido melhor se o BC tivesse instrumentos para garantir o financiamento às exportações e a rolagem da dívida privada.
FOLHA - Essa discussão sobre a recessão técnica é relevante? DELFIM NETTO - Essa discussão é completamente irrelevante. Como toda convenção, não significa mais do que isso: duas quedas continuadas e sucessivas do PIB. O importante é que tivemos uma queda generalizada. É uma situação que já passou, mas que foi bastante ruim.
FOLHA - Qual a sua avaliação?
DELFIM - É uma situação um pouco menos ruim do que se supunha. Os pessimistas esperavam 3%, e os otimistas, 1,5%. Acredito que no segundo trimestre tenha recuperado um pouquinho, mas você terá ainda notícias ruins.
FOLHA - Por que todos erraram?
DELFIM - Tudo isso é palpite. Ontem o mercado apostava em [PIB de] menos 3,5%. Leva à conclusão de que o mercado não sabe nada.
FOLHA - Qual a diferença em relação às recessões anteriores?
DELFIM - As grandes recessões que tivemos foram todas induzidas-aconteceu em 1981, 1982 e 1983. Induzidas porque você tinha um déficit externo que não era financiável. Aquela recessão produziu os resultados que dela se esperavam: o equilíbrio externo. Esta recessão é muito mais importada. Certamente, [a recessão] foi muito maior do que precisava se o BC pudesse usar sua musculatura para dar conforto para o sistema bancário. O BC agiu sempre na direção certa, mas sempre lentamente. O agente público do BC não tem segurança jurídica para tomar a responsabilidade que ele precisava. Age com essa autonomia restrita.
FOLHA - O senhor está se referindo apenas aos juros?
DELFIM - Não é só juros. Era dar conforto, garantir que podíamos financiar os títulos [privados] que estavam vencendo, que podíamos acelerar as exportações.
FOLHA - Como sairemos da atual recessão?
DELFIM - Vamos supor que não tenhamos crescido no segundo trimestre em relação ao primeiro -que o PIB fique constante; no terceiro trimestre, que cresça 1%, e, no quarto trimestre, mais 1%. Quando chegar ao final do ano, já está com crescimento próximo do positivo. De alguma forma, a política monetária terá algum efeito. Os investimentos do governo também estarão maturando. Quando estivermos nos aproximando do segundo semestre de 2010, vamos estar rodando entre 3,5% a 4%. Não é preciso um esforço gigantesco. Se isso acontecer, a eleição será com o Brasil a 3,8%, 4%, o que não é mau. Estamos fazendo o que pode ser feito no Brasil. Se comparar o esforço brasileiro com o chinês é uma piada. Eles têm muito mais recursos e outra estrutura.

O que aconteceu com Míriam Leitão e Alexandre Garcia?

Com os novos números do PIB, hoje, no Bom dia Brasil, Míriam Leitão teve que lançar um sorriso amarelo e anunciar otimismo para a economia brasileira. E Alexandre Garcia, com o sorriso mais amarelo ainda, reconheceu que a Crise, aqui no Brasil, pode não ter sido uma marolinha, mas não foi uma tsunami. O que está acontecendo, meu Deus? Vamos acabar caindo em uma unanimidade...

PSDB: inserções fora de época

As inserções políticas do PSDB no Rádio e na TV não poderiam ter começado (ontem) em em data pior. A essência das inserções é demonstrar que o Governo do PT (esconderam o "Governo de Lula", porque, afinal, não são tão bobos assim...). Mas isso aconteceu exatamente no dia em que saiu mais uma pesquisa (CNI/IBOPE) mostrando o crescimento da aprovação do Governo. Pior: no mesmo dia saiu o PIB do trimestre, mostrando que a queda foi infinitamente inferior ao previsto pelas rapinas de plantão - e mais, dando inteira razão às previsões do Governo. Dessa vez a Oposição perdeu o rumo da Pré-História...

terça-feira, 9 de junho de 2009

A chapa de Cabral para o Senado

Quem me contou foi minha amiga Beth Costa, jornalista, ex-Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, ex-Presidente e atualmente Diretora de Relações Internacionais da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), ex-Editora no Jornal Nacional. Na sexta-feira passada, ela estava cobrindo o evento de inauguração da ETE da Barra, para a revista “Barra Sem Limites” (Câmara Comunitária da Barra). O Prefeito Eduardo Paes estava discursando e fez referência à presença do “Senador Picciani” (que é Deputado Estadual, mas pretende se candidatar ao Senado pelo PMDB) e da “Senadora Benedita da Silva” (que é Secretária de Estado, mas pretende se candidatar ao Senado pelo PT). O Governador Sérgio Cabral, presente, sussurrou no ouvido de Benedita: “Pronto, Benedita, está lançada a chapa”.

Blog da Petrobras X Mídia: quem tem medo de quem?

Vamos colocar claro uma coisa: a Mídia não pode ter medo da informação, tem que ter medo da manipulação da informação. Se a Petrobras criou o seu blog Fatos e Dados para manipular informações, tem que ser não apenas criticada, mas denunciada. Se, ao contrário, ela criou o blog para combater possíveis manipulações, para dar mais transparência e maior alcance às informações da empresa, ela tem que ser aplaudida. Fui conhecer o blog da Petrobras e, sinceramente, não vi nada além do necessário. Um blog simples e objetivo, que defende e promove a empresa. A Folha de hoje tem reportagem dizendo que "Estatal omite dados antigos na internet". Mas notei que o blog se apresenta assim: "Neste blog, apresentaremos fatos e dados recentes da Petrobras e o posicionamento da empresa sobre as questões relativas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Leia, comente e divulgue para seus amigos". Por que tanta reação contrária, então? Há dois motivos, na minha opinião. O primeiro, é político. A Mídia na verdade quer combater tudo que está associado ao Governo Lula. O segundo é de luta pela sobrevivência. A Mídia tradicional ainda não sabe como reagir aos novos meios surgidos com a internet, e parte para o desespero. Se o jornalista quer assegurar a divulgação em primeira mão de sua reportagem ou entrevista, isso, obviamente, pode ser discutido. Como disse o Ministro Franklin Martins, "é uma questão de 'conversar' com a empresa para que o conteúdo seja divulgado depois da publicação das matérias, não antes". Acho que o bom relacionamento é possível e hoje a própria coluna (excelente) Toda a Mídia da Folha dá um exemplo, ao apresentar link para o blog Fatos e Dados em notícia sobre a participação de Sérgio Gabrielli no Roda Viva. O que a Mídia conseguiu de fato foi propaganda gratuita para o blog.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

PT com a faca nos dentes por Dilma

A frase de José Dirceu ("enfiar a faca") na última sexta-feira, durante o encontro da tendência majoritária petista CNB, mostrou a disposição de todo o PT no apoio à candidatura Dilma. Não há ranger de dentes que altere a decisão estratégica de alianças para eleger a sucessora de Lula. E a lógica é elementar: se Dilma perde, perdem todos os outros projetos regionais. Por isso, quem estiver pensando em lançar candidaturas a Governador contra tudo e contra todos pode esquecer, porque a faca é certa. É verdade que muitos candidatos sabem disso e estão se lançando agora para se cacifar mais adiante ou para ter maior poder de barganha na retirada. É o caso, por exemplo, da candidatura a Governador do petista Lindberg, no Rio de Janeiro. Melhor do que ninguém ele sabe que não será candidato, mas insiste nisso, organiza uma Frente (dita) de Esquerda (como se o Governador Sérgio Cabral fosse de direita e Wagner Montes, o PTB e o PSC fossem de esquerda...) e ocupa o espaço na mídia. Coloca tudo como se fosse fato consumado para ter mais proveito na retirada. Claro que existem situações mais complicadas - mas, no final, todos concordarão que fazer aliança em nome da eleição de Dilma não será nenhuma navalha na carne.

domingo, 7 de junho de 2009

68 se une a 92 em 2010 para tentar o poder em 2014

Vladimir Palmeira é mais uma vez o nó que o PT (do Rio e nacional) tem que desatar para avançar na sua aliança com o PMDB. Presidente da UME (União Metropolitana dos Estudantes) em 68 (Passeata dos 100 Mil), é ele quem traça a linha política do Presidente da UNE em 92 (Movimento Cara-Pintadas), Lindberg Farias, atual Prefeito de Nova Iguaçu. Nos últimos 15 anos, o petista Vladimir Palmeira, na maioria das vezes, remou contra a maré do PT no Rio. Em 94 tentou ser candidato a Governador, mas o PT preferiu Bittar. Em 98, tentou de novo, mas o PT nacional preferiu apoiar Garotinho. Em 2002, não adiantaria tentar, porque a opção natural era Benedita da Silva (que teve 22, 43% dos votos). Em 2006 finalmente teve a indicação para ser candidato a Governador, mas conseguiu apenas lançar o partido de volta ao limbo no estado, com 6,85% dos votos. Tentou ser candidato a Prefeito do Rio em 2008, mas o PT preferiu Molon (que teve 4,97% dos votos). Em 2009, dentro dos preparativos de 2010, ele volta a remar fortemente contra a maré do PT, que busca uma aliança estratégica com o PMDB para ampliar a sustentação à candidatura Dilma. Dentro dessa estratégia, a aliança com o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), é fundamental. Mas Vladimir não pensa assim. Ele está pensando além-Dilma, e vê no PMDB o grande adversário, principalmente no Rio de Janeiro. Acredita que a aliança proposta, de apoio a Sérgio Cabral, enfraquecerá o PT e insiste em formar um palanque dito de esquerda, que apoiaria Dilma, mas excluiria o PMDB. A diferença no Vladimir de agora é que ele resolveu sair do primeiro plano e colocar no lugar o seu herdeiro no movimento estudantil, Lindberg Farias, também do PT. Juntos, pretendem inflamar os partidos mais à esquerda, contra a linha que tem sido adotada pela direção partidária. Eles não acreditam em vitória em 2010, nem mesmo em passar perto. Mas querem cacifar-se para grandes conquistas a partir principalmente de 2014. Disso eles não arredam pé. Mesmo sabendo que uma provável intervenção do Planalto (como aconteceu em 98) pode melar esse sonho estudantil.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O discurso de Obama fez mais pela segurança americana do que todos os exércitos de Bush

Em vinte e quatro horas, dois fatos históricos, que revogam erros americanos. Anteontem, a OEA abriu as portas – que nunca deveriam ter sido fechadas – para Cuba. Ontem, em discurso na Universidade do Cairo, Barack Obama reconheceu os inúmeros erros praticados pelos Estados Unidos (e seus aliados) na política para o Oriente Médio (e outros “orientes”). É natural que a direita americana proteste. Acostumada a discursar usando canhões, considera qualquer coisa diferente como manifestação de fraqueza. Não percebe que o uso indiscriminado da força foi o que enfraqueceu os Estado Unidos. Obama reergueu a imagem americana junto ao mundo árabe e, principalmente, dificultou o discurso de Bin Laden e do Hamas. Enquadrou o governo israelense (“O presidente dos EUA entende os interesses de Israel melhor do que o governo de Israel”, disse o líder pacifista Uri Avnery), e aumentou a esperança da criação do Estado Palestino e de uma era de paz na região. Isso tudo reduz as possibilidades das ações terroristas, protege muito mais o povo americano do que as torturas bushianas. Não podemos achar que foram apenas palavras, sem ações concretas. Um discurso desses vale mais do que mil canhões. Ler também “O discurso do Cairo”, de Mauro Santayana, no JB.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

OEA conserta erro histórico sobre Cuba

A OEA fez apenas o óbvio revogando a decisão de 1962 que excluiu Cuba da Organização. Falta agora que os Estados Unidos encerrem o boicote econômico. Clique aqui para ler o texto completo de "El Caballo de Troya", escrito ontem por Fidel.

Dívida pública e reservas brasileiras: mais uma dor de cabeça para o "marketing cabeça" da Oposição

O Plantão Globo acaba de publicar notícia ("Meirelles diz que reservas do Brasil subiram e dívida pública diminuiu") sobre depoimento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira em audiência pública na Câmara. Meirelles afirmou que as reservas internacionais do Brasil estão maiores do que no início da crise global. Em setembro do ano passado, segundo ele, as reservas eram de 205,1 bilhões de dólares, e no último dia 1º eram de 205,4 bilhões de dólares. A dívida pública do Brasil,antes da crise, correspondia a 40,5% do PIB, e hoje corresponde a 38%. No fim do ano que vem, esse percentual deverá cair para 37,5%. Para o presidente do BC, o aumento das reservas internacionais, associado à redução da dívida pública em relação ao PIB, fará com que o Brasil saia mais fortalecido da crise global. Esse, segundo ele, é o motivo da "euforia" do mercado internacional em relação ao Brasil. E conclui: "O Brasil deve ser o único país do G-20 que deverá sair da crise com um percentual da dívida menor em relação ao PIB e com reservas internacionais maiores". São notícias assim que fazem o "marketing cabeça" da Oposição perder a cabeça completamente.

Os tucanos, entre o "marketing cabeça" e o "marketing batendo cabeça"

O fantasma de Lula não sai da cabeça dos tucanos, que não sabem se ficam com o "marketing cabeça" americano, ou se ficam com o "marketing cabeça" nacional. E seus pré-candidatos não sabem se vão ou se ficam, não sabem se ficam ou se vão. Ontem mesmo levantei a hipótese de Serra estar preparando a retirada da candidatura, e hoje vejo manchetes como essas: "Aécio aposta na desistência de Serra" (Coluna do Cláudio Humberto) e "Serra diz ter medo de desorganização do PSDB" (reportagem de Catia Seabra, na Folha). No jantar de comemoração dos 21 anos do partido, Serra fez careta ao ser lançado candidato pelo presidente da Assembleia de São Paulo, Barros Munhoz, e declarou: "É cedo para isso. O PSDB tem excelentes opções. Temos que ficar abertos a elas". Enquanto isso, Aécio afirmava que o PSDB deve levar em conta ao escolher seu candidato "não apenas aquele que tem maior indicador nas pesquisas, mas aquele que mais agrega". Nesse quebra-cabeça tucano, ou Aécio e Serra estão fazendo um jogo de cena desnecessário, ou um está comendo o outro pela candidatura a Presidente. A dúvida, diante do sucesso de Lula e sua candidata, é se batem cabeça para ficar com a candidatura ou se é para empurrar para o outro...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Até o Estadão puxa a orelha dos tucanos

Em editorial publicado hoje (O aturdimento do PSDB), o Jornal O Estado de São Paulo tenta dar um sacode no entorpecimento da Oposição. O editorial (que teve trechos reproduzidos no Ex-Blog de César Maia de hoje) conclui assim: "No seu aturdimento - e à falta de espinha dorsal -, o PSDB encomenda pesquisas para descobrir o que o eleitor quer (!) e vai se abeberar nas teorias do neurocientista americano Drew Westen, cujos experimentos o levaram a concluir que as pessoas reagem mais vivamente quando os políticos apelam antes para as suas emoções do que para o seu lado racional, o que não surpreenderá nenhum marqueteiro competente. Mas, para provocar emoções, é preciso ter o que emocione - e dessa matéria-prima o ninho tucano está vazio". Sobre isso, ler também a postagem de ontem, neste Blog, "No desespero, a Oposição parte para o 'marketing cabeça'".

Serra, preparando a retirada?

Nessa nota da coluna de Cláudio Humberto no Jornal do Commercio pode estar demonstrado o grau de preocupação de Serra com o andar da carruagem. Serra, é óbvio, não está interessado em entrar em outra fria. Agora, só vai na certa. Com o avanço de Dilma e o início de sua queda não é totalmente impossível que ele ponha o pé no freio e salte do bonde.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

No desespero, a Oposição parte para o "marketing cabeça"

No Estadão de hoje, Julia Dualibi assina a reportagem "Para voltar ao poder, PSDB aposta até na neurociência", onde revela que "na busca por uma agenda que neutralize a propaganda governista em 2010 e evite a terceira derrota consecutiva em eleição presidencial, o PSDB começou a calibrar seu discurso, baseado em análises de especialistas em 'psique' eleitoral e em célebres estrategistas estrangeiros que defendem a emoção como fator determinante na política". Conta ainda que "os tucanos contrataram o cientista político Alberto Carlos Almeida, autor de 'A Cabeça do Brasileiro' e 'Por que Lula?', para fazer pesquisas que deem um diagnóstico sobre o que o eleitor deseja na próxima disputa". Além disso, diz que "o partido também começou a flertar com as ideias do neurocientista americano Drew Westen" (autor de 'The Political Brain', que teria tido influência sobre os Democratas em 2008) e que "o marqueteiro americano Dick Morris, que trabalhou com o ex-presidente americano Bill Clinton a partir de sua posse em 1993, também tem sido 'revisitado' na corrida pela formulação do novo discurso". Interessante as escolhas dos tucanos. Dick Morris ficou famoso por ensinar Clinton a ter cabeça de Republicano - e acabou sendo demitido, porque teria permitido que sua acompanhante prostituta ouvisse as conversas telefônicas enquanto ele fazia a cabeça de Bill. Outra dor de cabeça para os tucanos pode ser a explanação que Alberto Carlos de Almeida deverá dar sobre a "Primeira Regra" que se encontra na página 34 do seu livro 'A Cabeça do Eleitor': "ganhar a eleição contra um governo bem avaliado não é para quem quer, é para quem pode". O brainstorming que vão fazer depois não vai ter neurocientista que dê jeito...

Eis o principal índice de desespero da Oposição

A Pesquisa CNT/SENSUS divulgada hoje, além de mostrar o alto índice de aprovação de Lula e a subida inexorável de Dilma nas intenções de voto, permite comparação interessante, certamente causadora de muito stress na Oposição. Trata-se da comparação das avaliações dos governos Lula e FHC no penúltimo ano de mandato.

Tristeza no ar

Solidariedade aos familiares e amigos dos passageiros do voo da Air France.

César Maia se rende a Lula

A principal atividade de César Maia nos últimos anos tem sido combater Lula e sua popularidade. Lançou um arsenal infindável de teorias políticas e econômicas para provar que o Governo Lula acabaria fracassando, que a aprovação popular despencaria, que a Oposição, logo, logo, conquistaria o lugar ao sol. Mas, mais uma vez, a realidade vai além da imaginação. A popularidade de Lula bate recordes, a economia brasileira está bem diante da crise (até virou referência internacional) e a candidata apoiada por Lula cresce sem parar nas pesquisas. Na sua coluna de sábado na Folha, César Maia se pergunta “por que razão a máxima (‘é a economia estúpido’) de Carville, assessor de Clinton na época, que relaciona a economia à política, não atingiu Lula?” Mergulha em números econômicos e de pesquisas na tentativa de encontrar resposta, mas continua atônito. “Passando à lógica política, talvez os discursos de Lula o situem como um protetor. Isso explicaria até números piores e sua avaliação. O mais provável é que os números estejam certos e que os primeiros meses de desemprego estejam protegidos pela indenização, FGTS, seguro-desemprego e a esperança. Mas não explicam a avaliação crescente de Lula no Rio”, conclui César Maia visivelmente desorientado. Hoje, no seu Ex-Blog, analisando a Pesquisa Datafolha ele admite: “Este Ex-Blog questionou em fevereiro a capacidade de Lula transferir votos a um personagem antípoda ao seu. Hoje deixa aquela afirmação em processo de re-avaliação”. Veja parte do Ex-Blog aqui:
A CRISE ECONÔMICA AINDA NÃO AFETOU A APROVAÇÃO DE LULA!
Trechos da coluna de Cesar Maia, na Folha de SP, da semana passada.
1. A pesquisa GPP -maio- ERJ, mostrou níveis de aprovação de Lula que nunca antes no RJ se havia visto. A avaliação –ótimo+bom- de Lula na Capital-RJ não chegava a 50%. Agora, no Estado 65%, na Capital 59%, na Baixada 74%, no Interior Industrial 72% e no Interior Rural 65%. As avaliações do governador permanecem entre 30% e 35%, apesar de feéricas campanhas publicitárias na TV, colagem em Lula e a boa vontade da imprensa local.
2. Lá se vão oito meses da crise econômica. O Brasil, neste período, ficou entre os países com dados mais acentuados de queda na indústria, no PIB e no comércio exterior. Por que razão a máxima (“é a economia estúpido”) de Carville, assessor de Clinton na época, que relaciona a economia à política, não atingiu Lula? O indicador mais óbvio seria o desemprego. A pesquisa mensal de emprego do IBGE pode ajudar.
3. Compare a PME de abril, de 2008 e de 2009 para as Regiões Metropolitanas agregadas. Pessoas em Idade Ativa 1,2%. Pessoas Economicamente Ativas (PEA) 0,6% e as Não Economicamente Ativas (PNAE) 2%. Em seguida, abram-se os elementos negativos da PNEA. As pessoas que gostariam e estavam dispostas a trabalhar diminuíram percentualmente de 12,2% para 12%. As marginalmente ligadas a PEA, cresceram de 4,6% a 5,2%. As desalentadas diminuíram de 0,1% a 0%.
4. A Taxa de Desocupação cresceu de 8,5% para 8,9%, mas, paradoxalmente o percentual de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas caiu de 3,4% a 3%. Vale dizer: a Taxa Efetiva de Desocupação, somando o desemprego aberto com o emprego precário, ficou estável em 11,9%.
5. Questionar os números vis a vis a crise é infantil depois de tantos anos. Os trabalhadores metropolitanos irem para o interior? A lógica é o inverso. É provável que o Bolsa Família tenha reduzido a migração e isso ajudaria a explicar os números. Passando à lógica política, talvez os discursos de Lula o situem como um protetor. Isso explicaria até números piores e sua avaliação. O mais provável é que os números estejam certos e que os primeiros meses de desemprego estejam protegidos pela indenização, FGTS, seguro-desemprego e a esperança. Mas não explicam a avaliação crescente de Lula no Rio.
NOTAS SOBRE A PESQUISA DATA-FOLHA-BRASIL!
1. A avaliação de Lula ter voltado a crescer (agora 69% de ótimo+bom) confirma os dados sobre sua avaliação (GPP), no Rio-Capital, apresentados no sábado na coluna de Cesar Maia na Folha de SP. E da mesma forma que a crise econômica não o afetou, apesar de ter se intensificado. Data-Folha mostra as seguintes respostas entre março e maio de 2009: a) a situação do país vai melhorar de 31% para 41%. b) O desemprego vai aumentar, cai de 59% para 43%. c) Inflação vai aumentar cai de 48% para 36%.
2. Os que estão de acordo com um terceiro mandato passam de 34% para 63%. Atenção! A campanha que Lula faz todos os dias aumenta a sua capacidade de transferir votos. Lula (na induzida) tem 47% das intenções de voto e Serra 25%, caindo 13 pontos. Essa é uma boa e má notícia. Boa porque define um piso para Serra. Má porque ele ainda pode perder 1/3 de suas intenções de voto se Lula mantiver capacidade de transferi-los.
3. Lula tem na espontânea 27% ou 57% da induzida. Serra tem 5% ou 13% da induzida sem Lula. Dilma tem 4% (e com Lula marcado), ou 25% de seus 16%.
4. Sem SP (supondo diferença aqui pró-Serra de 40 pontos), o resultado seria Serra 32% e Dilma 20%.
5. Este Ex-Blog questionou em fevereiro a capacidade de Lula transferir votos a um personagem antípoda ao seu. Hoje deixa aquela afirmação em processo de re-avaliação.