quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Bush piscou para a paz
Nelson Jobim na frente?
Os negros americanos estão trocando a branca pelo negro
A segurança americana é um perigo
Bolsa: a crise chinesa na verdade foi americana
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Divisão dos lucros do petróleo ajuda a paz no Iraque
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
A reforma ministerial já está feita
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Grã-Bretanha: um dos principais centros de tráfico de crianças do mundo
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Iraque: quantos civis morreram?
País sério?
Conferência de Oslo: mais uma tentativa de evitar desperdício de vidas
Iraque: xii, prenderam o xiita errado...
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Irã: Conselho Permanente de Segurança da ONU não chegará a acordo
Com o anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica de que o Irã não suspendeu suas atividades nucleares, o mundo chega a mais um impasse. Estados Unidos, Inglaterra e França pressionarão por sanções mais duras contra o Irã. Mas serão medidas "bem mais duras do que Rúissia e China poderão aceitar", como noticia o jornal Pravda. A reunião dos diplomatas dos 5 países será segunda-feira, em Londres. Enquanto o representante americano Nicholas Burns já anuncia mais pressão contra a "arrogância iraniana", o embaixador russo junto às Nações Unidos, Vitaly Churkin, diz que "não se pode perder de vista que a meta não é tomar resoluções ou impor sanções - a meta é uma solução política".
Apesar da reportagem do Globo, é preciso investir muito mais na recuperação do menor infrator
O Globo de hoje traz reportagem com direito a chamada na primeira página intitulada "Menor infrator custa 28 vezes mais que aluno". Usando dados divulgados em 2006 pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o jornal mostra que o custo mensal de um menor infrator no Brasil é de 4.400 reais po mês, o equivalente ao que se gasta para manter uma classe de 28 alunos no ensino público fundamental. Em nenhum momento fala que, além de "casa, comida, roupa lavada", médico, dentista, psicólogo e segurança, as unidades de internação têm escolas e oficinas de trabalho. O tom da reportagem soa condenatória a "gastos" tão elevados. Há inclusive uma citação da subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Carmem Silveira de Oliveira, aproveitando "o alto custo da internação de menores infratores para argumentar que o aumento da punição aos jovens infratores não é garantia para a redução da violência urbana". Há nisso tudo um erro básico de se opor o investimento em educação ao investimento na recuperação do menor infrator. Não há oposição, a equação é outra: quanto menos se investir em educação, mais vai ser necessário investir na recuperação do menor infrator; quanto menos se investir na recuperação do menor infrator, mais vai ser necessário investir em segurañça pública e em presídios. Em vez de defender a redução dos "gastos", as autoridades responsáveis devem procurar investir mais e melhor na recuperação do menor. Com uma estrutura apropriada, certamente obteremos resultados melhores. Um bom exemplo é o de uma jovem de 17 anos (já é mãe...) que, mesmo internada em uma unidade de recuperação do Rio de Janeiro, conseguiu estudar e acaba de ser aprovada no vestibular de Direito. Um simples exemplo como esse vale mais do que mil reportagens sanguinárias como as que tomam conta da mídia diariamente. (Leia também "A morte e a outra morte do menino João (o caso Veja)", postagem sobre esse tema no Blog do Mello .)
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Ségolène e Sarkozy empatam na França
Segundo o instituto CSA, a candidata do PS (Partido Socialista), Ségolène Royal (49%) está tecnicamente empatada com o candidato da UMP (União por um Movimento Popular, direita), Nicolas Sarkozy (51%), em um possível 2º turno na eleição para a presidência francesa, que ocorrerá em abril. A pesquisa, feita no dia 20, por telefone, com 884 eleitores, mostra Ségolène pela primeira vez liderando no 1º turno: 29% contra 28% de Sarkozy. Mostra também o avanço do candidato François Bayrou, da UDF (União pela Democracia Francesa, de centro-direita), que pulou de 13% para 17%. Se Bayrou for para o 2º turno com qualquer um dos dois, terá grandes chances de vitória. Mas no momento a comemoração maior está entre os socialistas.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Iraque: coalizão de um Bush só
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Eleições na França indefinidas
domingo, 18 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
A Guerra Fria esquenta outra vez
O Financial Times de ontem publicou reportagem (de Demetri Sevastopulo em Washington, Neil Buckley em Moscou, Daniel Dombey em Londres e Jan Cienski em Varsóvia) sobre a ameaça da Rússia de pular fora do tratado de controle de armas nucleares. É a sua resposta aos planos americanos de instalar uma rede de mísseis defensivos no Leste Europeu. O argumento de Yury Baluyevsky, Chefe do Estado Maior do Exército Russo, é simples: apesar do tratado de 1987, russo-americano, que trata de forças nucleares intermediárias, banir mísseis com alcance de 500 a 5.500 km, há "evidências (...) de que muitos países estão desenvolvendo e aperfeiçoando foguetes de médio alcance". Acontece que os Estados Unidos estão negociando com a Polônia e a República Tcheca a instalação de radares e mísseis interceptadores. É verdade que o primeiro-ministro polonês, Jaroslaw Kaczynski, já declarou que sua participação no sistema depende de certas condições. Mas Vladimir Putin já advertiu que a instação desses mísseis pode levar a nova corrida armamentista, e não aceitou a desculpa americana de que os mísseis são apenas para proteção contra a Coréia do Norte e o Irã. Oficiais da OTAN dizem que os que os russos querem de verdade é participar do sistema de mísseis defensivos. Ou seja: por trás de tudo está uma grande disputa em parte política, em parte por interesses no mercado armamentista (se é que é possivel fazer a separação). A nós, pobres mortais, só resta roer os dentes e torcer para que essa nova "guerra fria" não acabe em "Fogo!".
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Chávez reduz o próprio programa na TV para apenas... 1 hora e meia!
Uma das notas mais engraçadas foi dada pelo Plantão Globo de hoje, às 21:30h, a partir de notícia divulgada pela Reuters. Diz o texto que Chávez prometeu à filha reduzir o seu programa de TV dominical para apenas (!) 90 minutos. Atualmente, o "Olá, Presidente" dura 8 horas (atenção: 8 horas!!!) com Chávez contando piadas, cantando e fazendo pronunciamentos políticos. Ninguém acredita que ele cumpra a promessa de reduzir o programa. Mas, se ele cumprir, o povo venezuelamo certamente vai deixar que ele fique mais uns 200 anos no poder...
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Hillary cai, Obama sobe
Um monumento para Bush
Tenho a honra de ser do Comitê para arrecadar 5 milhões de dólares para um monumento de George W. Bush. Primeiro a gente pensou em colocá-lo no Monte Rushmore, mas descobrimos que não havia espaço para duas caras. Então decidimos erguer a estátua de George em Washington, no Hall da Fama. Mas ficamos em dúvida sobre como colocá-la. Não ficava bem ao lado da estátua de George Washington (que nunca disse uma mentira) nem ao lado da estátua de Richard Nixon (que nunca disse uma verdade), já que George nunca soube a diferença. Finalmente decidimos colocá-la ao lado de Cristóvão Colombo, o maior Republicano de todos. Afinal, ele não deixou ninguém saber onde estava indo, e quando chegou lá não sabia onde estava; voltou sem saber onde esteve, dizimou a maioria da população enquanto esteve lá – e ainda fez tudo isso com o dinheiro dos outros. Obrigado. Comitê pelo Monumento de George W. Bush. P.S. Até agora arrecadamos $ 0,35 (cortesia de Dick Cheney)
A China demorou, mas falou do próprio feito.
Minoridade penal: só não podemos perder a razão
Demorei de propósito a tocar nesse assunto. Tudo que envolve bandidagem, violência, principalmente quando se trata de menor de idade, é naturalmente carregado de emoção descontrolada. Ação e reação acabam sendo igualmente irracionais. São dois lados que passam a atuar como se estivessem todos do mesmo lado, o da barbárie. Não podemos considerar essa violência que vimos em casos como o da morte do pequeno João como uma questão individual. Não se pode dizer que o menor e os maiores responsáveis pelo crime têm temperamento assassino (mesmo por que isso nem existe...). A questão é obviamente social. Melhor dizendo: anti-social. E, quanto mais anti-social, mais se mostra irracional. Reagir irracionalmente contra é igualmente anti-social. Por outro lado, não se deve buscar a solução de passar a mão na cabeça. Há um combate real do social com o anti-social do qual não se pode arredar o pé. Não há como admitir a barbárie, não importa de onde venha. A questão é saber se em alguns casos há possibilidade de trazer "bárbaros" para a "turma do social". Muitos já chegaram a nível praticamente irrecuperável. A cultura que os formou transformou-os em fanáticos, a exemplo do que vemos no fanatismo religioso ou na cultura dos kamikazes japoneses, famosos na Segunda Guerra. O irracionalismo, nesses casos, é muito forte, difícil de ser superado. Temos que combatê-los com firmeza, mas, ainda assim, não podemos ser bárbaros no seu combate. Além disso, há aqueles com possibilidade de "recuperação", principalmente entre os mais jovens, ainda não completamente "aculturados pela barbárie" e que podem fortalecer "nossas fileiras". O trabalho junto a eles não pode ser feito com pura emoção, nem a favor nem contra. Por exemplo: a redução da maioriadade penal tem razão? Não, claro que não. Primeiro, porque significaria indiferenciar os violentos criminosos como bárbaros irrecuperáveis. Segundo, como já alertou Cesar Maia em seu Ex-Blog, não temos espaço para penalizar mais ninguém. Nossas cadeias não comportam nem mesmo os que já estão presos, por isso vamos pensar de novo. O mais lógico, talvez, fosse ampliar a maioridade penal. Por outro lado, não há como manter a minoridade penal do jeito que está. Isso não ajuda a fortalecer nosso "exército anti-barbárie". É preciso o óbvio, em primeiro lugar: uma sociedade mais justa, com menos desigualdades, com mais emprego, oportunidade para todos, casa, comida, saúde, educação, com valorização dos nossos jovens. E são necessárias também ações práticas e imediatas. Acabar com a disputa das esferas municipal, estadual e federal. Tirar crianças e adolescentes do abandono e colocá-los em espaços diferenciados e preparados para recuperação. Educação. Auto-estima. Investimento na inteligência. E, principalmente, é preciso acabar com o exibuicionismo tanto dos políticos de quinta categoria como da mídia idem. Barbárie se vence com a vontade de ser inteligente.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Ségolène traz mais cor para o povo francês
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Lula está certo quando dá bronca no PT pelas brigas que saem na imprensa e está certo também quando diz que não há racha no PT
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
"Pedê" pro PFL
Esse nome que inventaram para substituir o PFL (PD, de Partido Democrata) ainda vai dar muito o que falar. Mas a Coluna do Ancelmo de hoje no Globo foi a primeira a escrever (correção: o Blog do Mello escreveu sobre isso com muita antecedência - e eu tinha lido!) aquilo que todo mundo estava pensando. Diz a nota: "O novo nome do PFL é PD. Em francês, pedé (fala-se pedê“), quer dizer... deixa pra lá. Para um partido que nasceu nordestino com a pronúncia de “pefelê”... francamente".
Será que a mudança do nome muda o PFL?
O Deputado Federal Rodrigo Maia, do PFL do Rio de Janeiro, deu entrevista a Paulo Henrique Amorim tentando explicar por que o PFL (Partido da Frente Liberal) pretende mudar o nome para PD (Partido Democrata). No começo, ele se atrapalhou um pouco e disse que "o PFL entende que a forma de se renovar, gerar expectativas futuras, é exatamente a renovação". Claro que devemos dar um desconto, afinal todos nós estamos sujeitos a sem querer dizer esse tipo de obviedade no meio de uma entrevista. Mas a questão é que é difícil tentar explicar essa "renovação" do PFL. Continua o Deputado Rodrigo Maia: "O
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Iraque: velhas armas para derrubar helicópteros modernos
Os oficiais americanos estão confusos, não sabem se o aumento do número de helicópteros derrubados no Iraque é por acaso ou se significa mudança de tática dos grupos de resistência. Nas últimas 3 semanas, foram derrubados 6 helicópteros, inclusive um especial para transporte da Marinha que teve 7 soldados mortos. Desde o início da ocupação, no mínimo 57 helicópteros caíram, com morte de pelo menos 172 americanos. O helicóptero continua sendo o meio de transporte mais seguro no Iraque e, obviamente, o aumento de sua queda preocupa os oficiais americanos. Principalmente sabendo que, historicamente, "o desenvolvimento de táticas contra helicópteros provou ser fator importante em conflitos onde as guerrilhas conquistaram grandes vitórias contra adversários mais poderosos, inclusive nas batalhas da Somália, do Afeganistão e do Vietnã". O mais instigante é que a maioria desses helicópteros está equipada com sofisticada tecnologia antimíssil, mas continua vulnerável às armas convencionais disparadas da terra. Um comandante da força aérea em Bagdá disse que esses casos recentes de quedas de helicópteros parecem provocados por velhas armas disponíveis no Iraque e não pela chegada de novos equipamentos ou tecnologia. "Eu nunca vi nada igual", disse o atônito comandante americano. Leia mais no The New York Times.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Iraque: um dos maiores problemas militares para Bush é civil
Um grupo de oficiais superiores dos Estados Unidos declarou a Bush e a seu Secretário de Defesa, Robert Gates, que a nova estratégia para o Iraque pode falhar, se as forças de ocupação não puderem contar, com urgência, de mais civis para levar avante os planos de reconstrução e desenvolvimento político. Os militares acham que o Congresso e outros ministérios civis do governo devem se comprometer com mais dinheiro e mais gente para se juntar aos militares nos esforços de recuperação da economia, indústria, agricultura, justiça, etc. Enfim, eles precisam de civis para consertar o que estão destruindo. No momento, existem cerca de 6.000 civis, o que é pouco, comparado com os 132.000 (brevemente podendo chegar a 153.000) militares que estão lá. O problema é que é difícil seduzir as pessoas para empregos no Iraque. Os militares são treinados para fazer o que fazem e ir para onde mandarem. Mas com os civis é diferente. Precisam de treinamento e de muita $edução.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
São Paulo vira caça de Kassab
Atenção, cidadão comum de nossa querida São Paulo: não proteste. Dependendo da distância que você estiver do Prefeito da cidade, você vira caça imediatamente. As cenas de ontem, distribuídas intensamente pelas emissoras de TV, dão arrepios. Pode ser que elas representem o adeus de Kassab às pretensões eleitorais de 2008.
O IBGE vai acabar infartando Fernando Henrique e Míriam Leitão
Aumentou a média diária de soldados americanos mortos no Iraque
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
A Imprensa decidiu rachar o PT
O PT está fazendo 27 anos, mas parece que a Imprensa está descobrindo o partido agora. Chega a ser engraçado, se não fosse absolutamente ridículo, ler manchetes, reportagens e colunas - motivadas por alguns documentos que estão sendo lançados em função do 3º Congresso que se aproxima - que resolveram declarar que há um racha no meio petista. É bom que se saiba que esse tipo de "racha" sempre existiu no PT. O PT não é igual a partidos como o PMDB, uma verdadeira federação de partidos dominados por lideranças regionais ou mesmo estaduais. Nem é como alguns partidos que adotaram uma espécie de centralismo "fisiológico". O PT constitui-se de um grande número de correntes do pensamento de esquerda ou progressistas que disputam, sim, espaço e hegemonia entre elas. Às vezes parecem disputas sangrentas, mas na maioria das vezes tudo acaba em cantos emocionantes de unidade e de luta. Nas direções sindicais acontece algo semelhante, algumas vezes com disputas que saem do campo das idéias para o campo físico. Mas não se iludam, costuma haver muita harmonia nessas disputas. Esse documento distribuído pelo grupo do Ministro Tarso Genro e que já ganhou destaque como se fosse o pomo da discódia petista teve seu principal conceito, "refundação do PT", lançado em 2005. Na época foi uma hábil descoberta para se tentar aplacar a ira da Imprensa. Serviu até de tábua da salvação para alguns petistas que imaginavam que o partido ia acabar. A realidade é outra e talvez esse conceito não seja mais útil. Ele provavelmente está sendo utilizado agora muito mais como marca do grupo, uma espécie de guia para atuações internas. Daqui até julho, a temperatura interna do partido vai esquentar. Mas certamente não vai acabar no racha que a Imprensa preconiza. Aliás, os rachas na imprensa são muito maiores e quase sempre saudáveis.
sábado, 3 de fevereiro de 2007
Eleição da Câmara: não existe ciúme nem ansiedade, só existe 2010
Muitas reportagens sobre a recente eleição da Câmara e do Senado tratam a questão como se fosse briga de marido e mulher. "O Deputado tal ficou com ciúme do outro Deputado", "O partido tal estava com muita ansiedade"... Quem faz política de verdade tem metas e métodos bem definidos. Não há por que estranhar, por exemplo, a não-aliança entre PFL e PSDB. Os dois, com perfil eleitoral muito semelhante, precisam se diferenciar e um precisa conquistar o espaço (e votos) do outro. Além disso, hoje, os principais nomes para 2010 são Ciro, Serra e Marta, que precisavam participar do poder para chegarem fortes à disputa. Vamos lançar olhos sobre 2010:
Ciro, paulista, tem o Nordeste e boa inserção na região Sudeste. O partido (PSB) é pequeno, por isso ele precisava muito da vitória de Aldo. Isso enfraqueceria o PT, que poderia se sentir forçado a uma aliança sem ser o cabeça da chapa em 2010.
Serra, principal referência da Oposição, orientou os votos pensando em enfraquecer Ciro e o PFL e, ao mesmo tempo, fortalecendo-se com a viabilização de uma boa gestão em São Paulo. Ainda contou com a ajuda de Aécio (que deve pensar mais ou menos igual, mas perde no confronto direto com Serra).
O PT estava tateando em busca de um rumo para 2010. Precisava de qualquer maneira cacifar-se para a disputa. E isso significava reconstruir-se onde mais perdeu: São Paulo e toda a região Sul-Sudeste. O nome de Marta é o que mais se destaca e isso faz com que Mercadante se mantenha discreto.
Temos o PMDB, que não pretende disputar com nenhum nome. Mas que quer chegar a 2010 com poder ampliado para dividir entre seus caciques.
Temos o PFL, que luta para deixar de ser sombra e poder fincar sua própria bandeira conservadora no Planalto. Apesar de contar com políticos habilidosos, o PFL tem dificuldade em conquistar simpatias com sua "modernidade conservadora".
Ao contrário do que se fala, o Governo Lula saiu fortalecido com a vitória de Chinaglia, porque precisava cuidar do seu calcanhar de Aquiles eleitoral, São Paulo e a região Sudeste. O PAC já é um bom passo nesse sentido, mas com o fortalecimento do PT (e até do aliado PMDB) o passo será maior.
A questão ambiental ajudou Bush a derrotar Al Gore
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Eleição na Câmara: Arlindo dá show
O novo Presidente da Câmara do Deputados, Arlindo Chinaglia, deu entrevita hoje no Bom Dia Brasil e já mostrou a cara nova na Câmara do Deputados. Em primeiro lugar, os entrevistadores, Claudia Bontempo e Alexandre Garcia, estavam tão desconfortáveis que parecia que eles é que estavam sendo entrevistados e que essa era a primeira vez. Claudia Bomtempo começou muito mal a entrevista, com uma inverdade:"O Senhor, ainda como candidato, foi o único candidato, a defender esse aumento de 92%..." Um absurdo completo que demonstra desinformação e campanha contra a candidatura petista. Chinaglia não perdeu a serenidade mas não se acovardou. Destruiu todas as armadilhas e as inverdades montadas pelos entrevistadores. Mostrou clareza de pensamento e disposição para conduzir com grandeza os trabalhos da Câmara dos Deputados - para desespero dos lacerdistas de plantão.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Eleição na Câmara: deu a lógica
Arlindo Chinaglia acaba de se tornar Presidente da Câmara com 261 votos. Tanto quanto a vitória de Renam para Presidente do Senado, foi um resultado esperado. Este Blog de certa forma já anunciava que o resultado seria esse. Hoje pela manhã, conversando com amigos, previ vitória de Chinaglia no primeiro turno com 265 votos. Errei por muito pouco. Claro que ter dois turnos foi muito mais lógico e eu pensava assim. Vitoriosos: o Governo, o PT, José Dirceu, o PMDB (principalmente o de Michel Temer), José Serra e, de certo modo, até Aécio Neves. Derrotados: o PFL, o PSDB lacerdista, Fernando Henrique, Alckmin, Tasso (e Ciro) e, principalmente, a grande imprensa.
Bush "elege" Obama
Em entrevista ao canal Fox News, Bush declarou que o pré-candidato Democrata à Casa Branca, Senador Barack Obama, "é um tipo sedutor. É objetivo. Fiquei impressionado quando o conheci em pessoa, mas ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser presidente". Obama é negro, crítico ferrenho da invasão do Iraque e é considerado estrrela ascendente na política americana. Apesar disso, nos últimos dias ele perdeu terreno para a pré-candidata Hillary Clinton. Com essa declaração, Bush procura inflar a candidatura Obama para aumentar o confronto nas fileiras Democratas. Leia notícia completa na AFP.
Tereza Cruvinel fica indignada com Gabeira
A cronista do jornal O Globo, Tereza Cruvinel, estava de férias e voltou hoje com a corda toda. Sua análise sobre as eleições no Congresso estão bem feitas (coisa cada vez mais rara na grande imprensa) e mostram que ela estava de férias, mas estava conectada. Fala uma coisa que eu só tinha visto escrito neste Blog: o Governo Lula ganha tanto com a vitória de Aldo quanto com a vitória de Chinaglia. Ela tende a acreditar que o PSDB votará com a chapa liderada pelo PT e lembra um dado importante:a vitória no primeiro turno da Câmra não se dará necessariamente por 257 votos (maioria simples dos 513 deputados). Para ganhar, "basta a metade mais um dos votantes, desde que a maioria vote. Uma forte abstinência dos novos, por exemplo, pode influir muito no resultado". Mas Tereza Cruvinel mostrou que estava realmente conectada ao comentar uma declaração do Deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ), nome que ganhou luzes recentemente por ter enfrentado Severino Cavalcanti (que ele tinha ajudado a eleger) e por ter assumido o que seria uma postura "ética". Gabeira, que no passado destacou-se por posições, digamos, mais libertárias, declarou que "a noite de Brasília é infestada por deputados, lobistas e prostitutas". Tereza Cruvinel, com a nota "Fala fácil", chamou a atenção do Deputado "ético-libertário". Disse ela: "Vinda de quem vem, a frase choca por sua carga de preconceito e generalização, que ofende todos os que freqüentam a noite na capital. Em relação às prostitutas, soa estranhíssimo porque Gabeira é também autor do polêmico projeto que regulamenta essa antiga e deprimente atividade, o que para muitos pode servir de estímulo à sua expansão. Para quem acaba de submeter-se a uma nova eleição, colhendo grande êxito, é também estranha a estigmatização da figura do deputado, como se a função tornasse desprezíveis todos os que a exercem. Já os lobistas, existem em Brasília e em qualquer outra arena de poder. Estamos mesmo no tempo do sucesso pela palavra fácil".