sábado, 31 de março de 2007
Americanos trocam soja e algodão por milho
Fim de greve também na França
Obama faz Bill Clinton entrar na campanha
Parece que Tarso Genro andou lendo este Blog...
Bom senso põe fim ao descontrole aéreo
quinta-feira, 29 de março de 2007
Vem aí a nova BBC - "Brazilian" Broadcasting Corporation
Arábia Saudita levanta a voz
quarta-feira, 28 de março de 2007
Big Sister ajudou Hillary Clinton
Quem diria, a Arena quer virar Democratas
Elio Gaspari: viva Sousa Mendes
DEPOIS DO ESPANTO causado pela entrega do título de "Grande Português" à memória do ditador Antônio de Oliveira Salazar (1889-1970), vem estupefação: o segundo colocado foi o stalinista Álvaro Cunhal, que dirigiu o Partido Comunista de 1961 a 1992. No mês dos 33 anos do renascimento da democracia no além-mar, 60% do eleitorado que participou da competição telefônica de uma emissora de televisão dividiu-se entre o que Portugal infelizmente foi e aquilo que felizmente não quis ser. Mesmo assim, as coisas boas também acontecem e Aristides Sousa Mendes foi o terceiro colocado, com 13% das preferências, contra 19% dadas a Cunhal. A amostra foi pequena e viciada. Num país de 10 milhões de habitantes, os telefonemas válidos foram 160 mil. Nada a ver com os 55 milhões de chamadas do "Big Brother" brasileiro. De qualquer maneira, quando Luís de Camões fica em quinto lugar, com 4% dos votos, as coisas não vão bem. Contudo, é o poeta quem ensina: "Quem há que por fama não conhece As obras portuguesas singulares?" Aristides Sousa Mendes e sua posição no certame são uma obra portuguesa singular. Conhecê-lo é uma dádiva. Ele nasceu em 1885, numa família católica da aristocracia. Passou pela Universidade de Coimbra e caiu na carreira diplomática. Rodou por Guiana, Zanzibar, Porto Alegre, São Luís e Curitiba. Estava no consulado do porto francês de Bordeaux quando estourou a Segunda Guerra e chegou-lhe uma circular determinando que não se concedessem vistos a judeus. A cidade transformou-se em corredor de saída para dezenas de milhares de refugiados impotentes e Sousa Mendes distribuiu resmas de vistos em branco, assinados e carimbados. Calcula-se que tenham sido 30 mil em poucos dias. Foi a maior operação de resgate conduzida por uma pessoa durante o Holocausto. Ele recordaria: "Quantos suicídios e outros atos de desespero se produziram, quantos atos de loucura de que eu próprio fui testemunha?" Salazar mandou dois funcionários para trazê-lo de volta a Lisboa. Sousa Mendes foi para Bayonne e emitiu mais vistos. Quando a polícia da fronteira com a Espanha foi avisada para não honrar sua assinatura, escoltou judeus abrindo caminho com seu carro oficial. Chegou a empurrar portões. Levado a Lisboa, foi expulso do serviço público. Perseguido pelo ditador, Sousa Mendes perdeu o patrimônio da família (a pecúnia, bem entendido porque, em 1944, dois dos seus 14 filhos saltaram sobre a Normandia com as tropas aliadas). Nada permitia supor que aquele aristocrata monarquista e cinqüentão agisse daquela forma. No seu encontro com a história, realizou a obra portuguesa singular. Sousa Mendes morreu em 1954, doente e miserável. Alimentava-se em centros de caridade da colônia judaica. Seus bens foram leiloados e sua casa senhorial virou galinheiro. Nada se escreveu sobre ele, além do que se gravou na lápide: "Quem salva uma vida salva o mundo". Hoje ele é uma glória de Portugal e nome de praça em São Paulo. Tem busto em Bordeaux e parque em Montreal. Vinte árvores foram plantadas em sua memória na Floresta dos Mártires, em Jerusalém.
terça-feira, 27 de março de 2007
O PFL pretende agora ser "democrata", mas defende a ditadura salazarista com unhas e dentes
Enquanto isso, nada muda para Lula...
França: aumentam as chances de 2º turno entre Sarkozy e Ségolène
Romário revela o segredo de 94
segunda-feira, 26 de março de 2007
Governadores continuam em lua de mel com a população
sexta-feira, 23 de março de 2007
Mas era só o que faltava: Cora Rónai chama 90 reais de esmola!
Os efeitos "positivos" da campanha negativa
quinta-feira, 22 de março de 2007
França: 2º turno com Sarkozy e Ségolène
A quem interessa o Big Sister?
Cerca de 2.000.000 já viram no YouTube esse vídeo igualando a pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, ao demoníaco personagem "Big Brother", do livro futuro-negrista "1984", de George Orwell. O vídeo na verdade é uma "montagem" sobre um comercial famoso da Apple. A questão é: a quem interessa isso? O autor (que se chamaria Philip de Vellis) já teria confessado que trabalhou para uma firma prestadora de serviços na área digital (Blue State Digital) da campanha do adversário Democrata Barack Obama, mas não trabalha mais e na campanha de Obama todos declaram que não tinham conhecimento do assunto. Pode ser que Hillary Clinton seja a mais prejudicada, pode ser que Obama seja o mais prejudicado. Pode ser que os candidatos democratas, como um todo, sejam os mais prejudicados. Com certeza a maior prejudicada, nesses tempos de YouTube, é a mídia tradicional. Philip de Vellis estará a serviço de quem? (Veja o comercial original da Apple)
Orkut faz bem a jovem
terça-feira, 20 de março de 2007
Rasmussen Report: Hillary cai, Obama sobe
Bush, 4 anos de uma grande farsa
segunda-feira, 19 de março de 2007
PróVida, o ProUni da segurança e da ação social
domingo, 18 de março de 2007
O caldeirão de letrinhas da coalizão de Chávez começou a entornar
Ségolène Royal recupera terreno na disputa francesa
É interessante notar que o Ipsos divulga as margens de erro diferenciadas para os candidatos, ao contrário da maluquice que o Jornal Nacional costuma fazer nas divulgações de pesquisas.
Cesar Maia é do "casseta"!
sábado, 17 de março de 2007
Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé...
Record dribla a Globo
sexta-feira, 16 de março de 2007
Barack Obama elogia o álcool brasileiro, mas protege o milho americano
Na inverno mais quente da história, uma imagem impensável de Londres
quinta-feira, 15 de março de 2007
Chávez: contra a "sopa de letrinhas", a receita da coalizão de partido único...
quarta-feira, 14 de março de 2007
Enquanto Bush namorava em Mérida, o Iraque...
terça-feira, 13 de março de 2007
Garotinho não sabe traduzir a palavra trair
O noticiário da reforma mostra que a imprensa está mais perdida do que "bala perdida"
segunda-feira, 12 de março de 2007
Notícias surpreendentes
"Casal é baleado em tentativa de assalto na Linha Amarela. Um casal foi baleado há pouco numa tentativa de assalto perto da saída 7 da Linha Amarela, próximo à Avenida dos Democráticos. Eles estavam em seu carro e foram abordados por homens armados que estavam num automóvel Astra de cor branca. Segundo relataram ao policial militar que os socorreu, eles teriam demorado para sair do veículo o que irritou os bandidos que imediatamente fizeram os disparos. Eles foram socorridos por esse policial que estava de folga e viu a ação criminosa, e foram levados para o Hospital Geral de Bonsucesso (HGB). A princípio, o casal foi ferido apenas levemente e não corre risco de morte".Depois, às 22:40h, publicou esta:
"Casal baleado durante tiroteio não estava na Linha Amarela. Segundo policiais militares o casal ferido há pouco não estava na Linha Amarela e não foi vítima de assalto conforme havia sido informado anteriormente. Ana Maria Rios Cavalheiro Furtado de Mendonça, de 44 anos e Sergio Henrique Oliveira de Souza, também de 44 anos, estavam num ponto de ônibus da Avenida dos Democráticos, próximo à saída 7 da Linha Amarela. O ponto estava cheio de pessoas aguardando condução quando dois automóveis passaram em alta velocidade disparando um contra o outro. O rapaz foi atingido na coxa esquerda e Ana Maria no ombro esquerdo. Ambos estão fora de perigo. Eles não estavam juntos. Os dois moram em Jacarepaguá e foram socorridos no "Tudo bem, é normal surgirem informações que depois são corrigidas. O que me surpreendeu foi a grande quantidade de detalhes que havia na primeira notícia, falsa.
Garotinho e 2010
domingo, 11 de março de 2007
Discurso de Garotinho na Convenção do PMDB é igual o sertão virar mar e o mar virar sertão
Web Bin Laden
sábado, 10 de março de 2007
Bush e os mortos
Encontro de Lula e Bush alcançou o "Ponto L"
sexta-feira, 9 de março de 2007
Hi, Bush; adiós, Bush
Bush no Brasil; no Iraque, morreram 4 soldados americanos e cerca de 250 civis
quinta-feira, 8 de março de 2007
A foto do dia, na Folha
Embolou o meio de campo na eleição francesa
1 dia para a chegada de Bush: até lá, de 2 a 3 soldados americanos poderão morrer no Iraque
quarta-feira, 7 de março de 2007
Marta deve aceitar o Turismo?
Bush perde para Chávez entre brasileiros
terça-feira, 6 de março de 2007
Renúncia de Jobim: com certeza ele leu este Blog...
Qual o partido de Nelson Jobim?
Bush sempre comercializoumentiras - adivinha o que ele traz na bagagem...
domingo, 4 de março de 2007
Estudo diz que ataques ao Irã poderão contribuir para mais armas nucleares no mundo
Indústria nuclear avança sobre Europa verde
Cuba responde ao Jornal do Brasil.
Tudo igual na França
O UNIVERSO É BELO
sábado, 3 de março de 2007
Marta e Jobim, o que será deles?
Já disse aqui, há pouco mais de 3 semanas, que a reforma ministerial já está feita. E está mesmo, faltam alguns detalhes. Há uma dúvida sobre o futuro de Nelson Jobim pós-vitória-praticamente-certa de Michel Temer - o que não quer dizer que ele vá ser Ministro. E principalmente sobre o que é melhor para Marta Suplicy, ser ou não ser Ministra. Hoje, o melhor (ou menos pior) para todos, inclusive ela, por enquanto, talvez seja ficar fora do governo. Se ela assumir uma pasta forte, significaria que o Governo Lula estaria desde já se curvando a seu n ome para 2010 - o que seria prejudicial. Ficar em pasta fraca ou ficar de fora também não é bom, nem pra ela nem para o Governo, que estaria queimando nomes para sua lista de presidenciáveis. A questão, como vemos, não é tanto o PMDB de Michel Temer ou o PMDB de Renan-Sarney - problema de verdade é determinar a cara que o Gioverno vai ter daqui pra frente.
sexta-feira, 2 de março de 2007
O DIA CAIU NO REAL
quinta-feira, 1 de março de 2007
O Tolerância Zero de Cesar Maia
VIOLÊNCIA, PERCEPÇÃO DE VIOLÊNCIA E TAXA DE PÂNICO! 01. Uns meses atrás este ex-blog publicou o resultado de um trabalho realizado pela Fundação Konrad Adenauer na Venezuela, em 1990, que culminava com uma equação onde constava a capacidade da polícia, os valores dos jovens em relação ao delito, o ambiente urbano e a percepção que a população tem da violência que a circunda. Quando esta percepção exacerba, afeta a taxa de pânico, o que torna o quadro geral ainda mais complexo. 02. Sabe-se que há uma relação mais que proporcional entre violência e percepção de violência quando aquela aumenta. Ou seja: a percepção aumenta a taxas maiores que a criminalidade quando esta cresce. 03. Em 2006 fez-se uma ampla pesquisa de vitimização na cidade do Rio de Janeiro, que mostrou que a percepção do carioca sobre os riscos que corre em relação à violência é menor que os das cidades de S. Paulo e Belo Horizonte, testados em pesquisas similares. A pesquisa pela sua amplitude demonstra que não se trata de -"se estar acostumado à violência"- mas de dados objetivos de quantas vezes no último ano, nos últimos dois anos, na vida toda, se teve experiência direta ou próxima de violência. Os números do Rio são suficientemente menores para se garantir que a percepção de violência é menor que em BH e SP, apesar de toda a concentração do noticiário no Rio pela condição de centro audiovisual do Brasil e pelo imaginário externo que só localiza o Rio no Brasil. 04. Anos e anos de pesquisas no Rio-Capital, mostram que a população marca a segurança pública -de longe- como o maior problema da cidade. Mas quando se pergunta qual o maior problema de seu bairro, a segurança passa para segundo. E continua caindo quando se pergunta sobre o maior problema de sua rua e de sua família quando vai para sexto ou sétimo lugar. Claro. Todos os dias se têm notícia de um delito -mais ou menos, grave. Mas isso não ocorreu em seu bairro, rua ou com sua família e amigos, necessariamente. Quando há um fato trágico e o noticiário cobre em forma de campanha, a resposta sobre o maior problema da cidade ganha proporções ainda maiores, mas curiosamente não afeta tanto a rua e a família. 05. Os fatos amplamente divulgados são mortes violentas. Essas têm uma lógica, uma freqüência e uma concentração espacial (proximidade de bocas de fumo), que não são percebidas como risco iminente. Para se entender. Quando você anda na rua, pode andar assustado segurando sua bolsa ou sua carteira ou embrulho ou celular. Você não acha que alguém vai passar com uma pistola e lhe dar um tiro. Essa é a diferença que explica porque fatos de extrema gravidade afetam a percepção sobre a cidade, mas não necessariamente sobre a própria pessoa. 06. Por isso tudo -se há intenção de entender bem a percepção da violência- deve-se sair da estatística de homicídios e ir a de furtos e roubos, acompanhá-la e compará-la. 07. Vejamos os dados oficiais das cidades do Rio e de SP para o quarto e ultimo trimestre de 2006. O Rio teve 20.550 furtos anotados. SP teve 53.296. Rio teve 21.949 roubos e SP 34.277. Se calcularmos por 100 mil habitantes seriam 328 furtos no Rio e 468 em SP. E 350 roubos no Rio e 301 em SP. No Rio a quantidade de furtos se iguala a roubos: em torno de 21 mil naquele trimestre. Em SP supera em muito: 53 mil contra 34 mil. Esses números têm que ser multiplicados por 4 para se projetar para o ano todo. Ou seja, uns 170 mil roubos e furtos no Rio e uns 350 mil em SP. Ou seja, uns 30 por hora (dia de 16 horas), no Rio e 60 em SP. A cada um deles multiplique-se pelas pessoas envolvidas - ida à delegacia, comentário com amigos e parentes...E leve-se em conta que a concentração dos mesmos se dá em áreas onde valha a pena furtar e roubar, o que multiplica o efeito percepção naquelas áreas, e explica as razões de que são os de maior renda que tem percepção maior de violência. 08. Rio teve 655 homicídios no último trimestre de 2006. SP, 466. A diferença é grande: são 10,5 por 100 mil no Rio e 4,1 em SP. Mas o impacto sobre a percepção basicamente se dá via mídia e é amortecido pela experiência. Quando se pergunta porque o Rio continua disparado liderando o turismo interno e externo, etc... a resposta é essa. O conselho que recebem dos amigos é não andar com jóias, não levar muito dinheiro, etc... Não é andar com colete a prova de balas. Carros blindados só na cobertura da sociedade. E nesse sentido a população não distingue de outras grandes cidades. E no caso de SP e BH, até o faz favoravelmente como vimos. 09. Se os governos dedicassem uma atenção maior aos pequenos delitos e a furtos e roubos estariam afetando a percepção da população e com isso ganhando tempo e legitimidade para enfrentar o crime organizado, cuja resposta virá em prazos maiores.